O volume de capturas de pescado em Portugal, em Novembro de 2021, aumentou 66,7% (+37,0% em Outubro), justificado pela maior captura de peixes marinhos (nomeadamente sardinha e biqueirão) bem como de moluscos e crustáceos.
Refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Janeiro de 2022, do Instituto Nacional de Estatística (INE) que, às 15.058 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 32.676 mil euros, valor que representou um acréscimo de 60,1% (+43,1% em Outubro).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 301 toneladas de pescado, ou seja, um decréscimo de 22,9% (+83,2% em Outubro), resultado sobretudo da menor captura de atuns, carapau e cavala. As 206 toneladas capturadas na Região Autónoma da Madeira representaram igualmente uma diminuição de 23,6% (-35,7% em Outubro), especialmente devido ao menor volume de atuns e peixe-espada.
Peixes marinhos
O volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi 11.797 toneladas, o que constituiu um acréscimo de 55,6% (+37,0% em Outubro).
Para esta situação contribuiu essencialmente o aumento significativo do volume de sardinha, que atingiu as 4.444 toneladas, quando no mês homólogo apenas havia contabilizado 2 toneladas, em consequência das medidas restritivas na captura desta espécie em 2020. Em 2021 foi reconhecida cientificamente a sua recuperação, tendo a quota ibérica aumentado e passando Portugal a dispor de 27 mil toneladas.
Aumentou igualmente o volume de biqueirão (+51,5%), cuja captura totalizou 1 429 toneladas..
Em contrapartida, registaram-se menores quantidades de atuns (-25,8%), com 175 toneladas, peixe-espada (-16,3%), com 397 toneladas, carapau (-12,9%), com 1 203 toneladas e cavala (-1,6%), com 2 652 toneladas capturadas.
Crustáceos
O volume de crustáceos (138 toneladas) teve um aumento de 31,2%, devido principalmente ao maior volume de gamba branca, caranguejo mouro, santola e perceves. Os moluscos apresentaram um acréscimo significativo (+132,9%), com 3 121 toneladas capturadas, sendo de destacar um maior volume de pota, lulas, polvo, berbigão e amêijoas.
Agricultura e Mar Actual