O Conselho de Ministros aprovou a actualização do Programa de Revitalização do Pinhal Interior (PRPI), que vai contar com 208 milhões de euros provenientes de várias fontes de financiamento, entre as quais o Portugal 2030 (PT 2030) e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Relembre-se que esta região foi particularmente afectada pelos incêndios do ano de 2017.
O objectivo é “tornar estes territórios mais resilientes, capacitando pessoas e empresas já instaladas, conciliando actividades tradicionais com novas actividades económicas e diversificando a base económica da região, tornando-a mais atractiva para famílias e empresas”, refere fonte institucional do Governo.
Vão ser financiados projectos em quatro domínios temáticos: Pessoas, Inovação Social, Demografia e Habitação; Economia, Competitividade e Internacionalização; Ambiente, Florestas, Agricultura e Ordenamento; e Turismo e Marketing Territorial.
“Ambiente, Florestas, Agricultura e Ordenamento” conta com metade dos apoios para dinamizar a gestão da paisagem no Pinhal Interior, “tornando a floresta mais resiliente, e fomenta modelos de gestão mais rentáveis; financiará ainda a implementação do Centro de Competências Geospacial”.
O domínio “Pessoas, Inovação Social, Demografia e Habitação conta com cerca de 20% do total dos apoios para, por exemplo, acções de integração e acompanhamento de novos residentes e imigrantes, respostas sociais para os mais idosos ou requalificação urbanística.
Na “Economia, Competitividade e Internacionalização” são destinados 25% dos apoios para qualificar e criar áreas de localização empresarial, para apoiar investimento empresarial, nomeadamente em projectos de inovação e digitalização.
Por fim, na temática do “Turismo e Marketing Territorial, será disponibilizado 5% do total para a promoção da região, bem como a criação de estruturas de animação, recreio, lazer e espaços públicos associados à actividade turística.
Âmbito territorial do PRPI alargado
O diploma agora aprovado também alarga o âmbito territorial do PRPI, que passa a incluir o concelho do Sardoal e 15 outras freguesias dos concelhos de Castelo Branco, Fundão, Penacova e Vila Velha de Rodão. Recorde-se que o Programa já abrangia os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Arganil, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Mação, Miranda do Corvo, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrogão Grande, Penela, Proença-a-Nova, Sertã, Tábua, Vila de Rei e Vila Nova de Poiares.
Esta actualização do PRPI, que envolve várias áreas governativas e é coordenado pelo Ministério da Coesão Territorial, resultou de “um exercício de reflexão e debate promovido no último ano com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), com as Câmaras Municipais e as entidades e agentes locais, para dar resposta aos principais desafios da região. O acompanhamento e desenvolvimento destes projectos no terreno vai ser conduzido por uma equipa técnica definida entre as cinco comunidades intermunicipais do Pinhal Interior e coordenada pela CCDRC”.
O PRPI, programa originalmente criado em 2018 para uma região particularmente afectada pelos incêndios, mobilizou até ao momento um investimento de quase 314 milhões de euros, dos quais 192 milhões de euros são fundos europeus, acrescenta o Governo.
Agricultura e Mar Actual