O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores afirmou hoje que o exercício REP 15, a decorrer no arquipélago até 29 de Julho, “é muito importante para os Açores porque reúne na Região cientistas de mais de 10 instituições de referência de cinco países”.
Fausto Brito e Abreu, que falava à margem dos exercícios que estão a decorrer com veículos autónomos subaquáticos (AUV) e aéreos (UAV) ao largo da ilha do Pico, no âmbito da Missão REP Atlantic 15 (Recognized Environmental Picture), frisou que as tecnologias que estão a ser testadas “podem ser muito úteis para o Governo definir políticas públicas”, tendo também aplicações importantes para as actividades económicas que decorrem no mar.
O objectivo do REP 15 é avaliar as capacidades de diferentes veículos autónomos aéreos e subaquáticos e de sistemas de comunicação em rede para operações de fiscalização e de monitorização ambiental, bem como para operações científicas ou militares em zonas de mar aberto.
O secretário Regional do Mar salientou que esta missão “está pensada e preparada não apenas para responder a questões científicas, mas também para dar resposta a desafios concretos que se colocam à Região”.
Segundo Brito e Abreu, o mapeamento detalhado de fundos submarinos e o acompanhamento de cetáceos, tubarões e jamantas são algumas das potencialidades destes equipamentos, cujos dados podem “beneficiar actividades marítimo-turísticas ou ter outras aplicações, como a fiscalização das pescas e a definição de áreas marinhas protegidas, através da cartografia de habitats”.
O governante destacou ainda as potencialidades do Mar dos Açores para acolher “exercícios que envolvam tecnologia avançada e testes de mar em cenários reais oceânicos”.
Nesta fase do REP 15 estão a decorrer exercícios de mapeamento de fundos com recurso a veículos autónomos subaquáticos e aéreos com câmaras híper-espectrais, sendo também usados AUV e ‘Wave Gliders’ para recolha de dados oceanográficos e para testar os sistemas de comunicações e posicionamento subaquático.
O REP 15 é um exercício organizado conjuntamente pela Marinha Portuguesa, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Instituto do Mar/Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, que tem a seu cargo a coordenação científica.
O Governo dos Açores também se associou ao exercício, com apoio logístico e a lancha de investigação ‘Águas Vivas’, que é um dos meios navais utilizados para operação de AUV.
Esta missão envolve ainda o Centre for Maritime Research and Experimentation da NATO, a Marinha dos EUA, através do Naval Undersea Warfare Center, a Universidade do Michigan, a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, o KTH Royal Institute of Technology da Suécia, a NASA, através do NASA-Ames, e as empresas portuguesas OceanScan e UA Vision.
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