A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária publicou, no passado dia 25 de Março, o Plano de Contingência para a Popillia japonica Newman, 1838, de nome vulgar, escaravelho japonês. Trata-se de uma praga extremamente polífaga que ataca um numero elevados de espécies fruteiras, hortícolas e ornamentais.
O insecto Popillia japonica Newman, 1838, pertence à ordem Coleoptera e à família Scarabaeidae. É uma espécie originária do Nordeste da Ásia, onde é nativa do Norte da China, do Japão e do Extremo Oriente da Rússia, sendo claramente distinta de outras do mesmo género. Em Portugal é vulgarmente designado por escaravelho japonês.
Trata-se de uma praga altamente polífaga cujos adultos podem ser encontrados a alimentar-se de uma grande variedade de árvores, arbustos, vegetais, plantas silvestres e culturas.
Este Plano de Contingência foi elaborado tendo em vista estabelecer medidas de protecção a aplicar contra a introdução e a propagação do insecto Popillia japonica em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, e garantir uma rápida e eficaz resposta, dando cumprimento à legislação em vigor na União Europeia (UE) e no País, tendo em especial atenção a categorização deste insecto como praga prioritária.
Presente nos Açores desde 1970
O escaravelho japonês foi introduzido na América do Norte e tornou-se uma praga bastante mais importante nos Estados Unidos do que na sua área de origem. Na Europa, foi detectado pela primeira vez em Portugal, na Região Autónoma dos Açores em 1970, e só muito mais tarde em Itália (em 2014 na região de Milão) e na Suíça (desde 2017).
A partir da detecção deste insecto nos Açores foram tomadas medidas de erradicação, que retardaram a evolução da praga, mas sem sucesso na erradicação, e foi efectuada a monitorização da sua distribuição e dos níveis populacionais em todas as ilhas, através de armadilhas. Foram também testados vários meios de luta, desde a luta química à luta biológica. Actualmente a praga está presente em todas as ilhas com excepção da Ilha de Santa Maria.
Em 2019, o plano de monitorização anteriormente existente passou a fazer parte do Plano de Acção para Popillia japonica na Região Autónoma dos Açores.
Pode ler o Plano completo aqui.
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