AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O primeiro-ministro António Costa afirmou que para recuperar e a economia e torná-la mais resiliente será necessário “robustecer o sector agrícola nacional”. A afirmação foi feita em mensagem enviada à CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que hoje, 24 de Setembro, apresentou, no Centro Cultural de Belém, o documento estratégico “Ambição Agro 2020-30”, que representa o contributo dos agricultores portugueses para o Plano de Recuperação da Economia nacional.
O primeiro-ministro participou através de um vídeo previamente gravado, no qual salientou o papel que os agricultores portugueses desempenharam na primeira fase da pandemia para garantir que nada faltasse na mesa dos portugueses.
Agricultura e alterações climáticas
António Costa salientou que a Ambição Agro 2020-30 é um documento baseado nas premissas da sustentabilidade, inovação e exportação, “num contexto de recuperação da actividade económica nacional” e vai ao encontro da Agenda de Inovação para a Agricultura 2030, apresentada pelo Governo a 11 de Setembro.
António Costa sublinhou que “a subsistência da agricultura depende de se conseguir combater as alterações climáticas e estas dependem de uma agricultura ambientalmente responsável e sustentada”.
“Quanto à inovação e exportação, sabemos que foi graças à inovação na agricultura que Portugal reduziu em 400 milhões de euros o seu défice alimentar. Foi essa inovação que permitiu que ao longo da última década as exportações portuguesas do sector agroalimentar tenham crescido, em média, 5% ao ano. Em 2019 as exportações do sector agroalimentar representavam 11% da totalidade de exportações de bens no nosso país que exportava para 185 mercados. Só nos últimos 5 anos abrimos mais de 50”, acrescentou.
Agenda de Inovação para a Agricultura 2030
O primeiro-ministro reiterou a importância da Agenda de Inovação para a Agricultura 2030, referindo que é um documento que garante “um olhar integrado e estratégico das diferentes iniciativas, estruturando de forma coerente a visão de futuro da agricultura em Portugal”. “Apela ao envolvimento da sociedade, e enfatiza a importância da valorização do território, do desenvolvimento das cadeiras de valor e das políticas públicas, como impulsionador e promotor desta visão”.
“Um elemento-chave da agenda passa por reforçar e valorizar a rede de inovação da agricultura, transformando-a numa rede integrada e coesa, em diálogo com as universidades e com os empresários”, sublinhou António Costa.
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