O secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou, no Faial, que o potencial para a fruticultura nos Açores deve ser aproveitado tendo em vista o seu crescimento, contribuindo, por um lado, para satisfazer o mercado interno e, por outro, para aumentar as exportações de frutos subtropicais, como ananás, banana, anona ou abacate, entre outras produções de excelente qualidade e que estão bem-adaptadas à Região.
“Os Açores têm um grande potencial para a produção frutícola, que pode ser aproveitada e potenciada, criando mais valor e contribuindo para reduzir importações”, salientou João Ponte, referindo como exemplo as cinco mil toneladas de maçãs ou as quatro mil toneladas de citrinos importados nos últimos três anos.
Plano Estratégico
“A implementação das medidas do Plano Estratégico e uma boa articulação entre a produção, as organizações de produtores e a comercialização, podem contribuir para darmos um salto qualitativo e quantitativo na fruticultura nos Açores”, frisou o Secretário Regional, que falava terça-feira na apresentação da proposta de Plano de Desenvolvimento da Fruticultura (Profruta) nos Açores.
O governante destacou que o Governo quis, com este documento, aproveitar a experiência e os conhecimentos dos técnicos da Secretaria Regional, bem como os bons desempenhos produtivos de algumas frutas nas ilhas dos Açores para apontar lacunas, apresentar soluções e identificar oportunidades de longo prazo, através de medidas concretas e exequíveis em nome do desenvolvimento sustentável da fruticultura.
“Há um conjunto de áreas em que temos de apostar mais no futuro, como seja a formação, a experimentação, a melhoria da comercialização e os apoios públicos para compensar os agricultores durante os primeiros 4/5 anos após a instalação dos pomares”, referiu João Ponte.
Bananas e citrinos
O titular da pasta da Agricultura indicou que, no caso concreto da Ilha do Faial, com potencial para produzir mais bananas e citrinos, entre outras frutas, o Plano apresenta um conjunto de propostas, como a criação de uma unidade de propagação vegetativa das variedades frutícolas, de uma unidade de transformação para laborar o excesso de produção e de uma unidade colectiva de frio.
O secretário Regional destacou também a importância do Profruta estar interligado com o Plano Estratégico para o Modo de Produção Biológico e com o POSEI, considerando que, apesar da ajuda prevista de 1.400 euros por hectare e do suplemento atribuído aos produtores em Modo de Produção Biológico, assim como da certificação como Indicação Geográfica Protegida (IGP) e Denominação de Origem Protegida e da isenção de eventual taxa de rateio a aplicar, é necessário ser “mais arrojados nos apoio e ajudas atribuídos à produção de fruta”.
O documento final do Profruta deve ficar concluído até Junho.