A floração/vingamento nas macieiras decorreu com condições meteorológicas bastante favoráveis, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões agrícolas, a 31 de Julho.
O estado vegetativo é em geral bom, com uma considerável amostra de frutos de bom calibre e coloração, estando a colheita para breve nas principais regiões produtoras.
Beira Douro e Távora
Na Beira Douro e Távora, face ao elevado número de frutos por árvore que permaneceram mesmo após a monda química, foi necessário recorrer à monda manual e ao reforço das regas por forma a obter maçãs de calibre comercializável, realça o INE.
Também no Alto Oeste, o rendimento unitário deverá aumentar relativamente a 2018. A única excepção aos aumentos generalizados de produtividade deverá ser a zona do Planalto Mirandês, assolada por uma trovoada, acompanhada de chuva intensa e forte queda de granizo (dia 13 de Julho), que provocou avultados prejuízos nas culturas instaladas.
“Globalmente, prevê-se que a campanha de 2019 seja uma das mais produtivas de sempre, com um rendimento unitário de 23,9 toneladas por hectare, 30% acima da campanha anterior”, avançam as previsões agrícolas do INE.
Pêra mantém produtividade
Na pêra, a produtividade deverá ser semelhante à observada na campanha anterior. Com cerca de 85% dos pomares situados no Oeste, a pêra tende a evidenciar anualmente esta concentração, sobretudo por reflectir as condições meteorológicas e as pressões fitossanitárias que afectam esta zona, sendo muito residual o impacto das variações de produtividade das restantes regiões produtoras.
Assim, acrescenta o INE, após um vingamento irregular, devido às baixas temperaturas nocturnas e à precipitação registadas naquela região em Abril e à ocorrência de focos de estenfiliose no Baixo Oeste, a produtividade deverá manter-se próxima das 13,0 toneladas por hectare (-0,8 toneladas por hectare, face à média das últimas cinco campanhas).
Carga de frutos muito elevada nos pessegueiros
Por outro lado, referem ainda as previsões do INE, já se iniciou a apanha nos pomares de variedades precoces de pessegueiros. A carga de frutos é superior à da campanha anterior e a qualidade média é boa.
Confirmam-se as previsões que apontam para que esta campanha seja a mais produtiva dos últimos trinta e três anos (13,8 toneladas por hectare).
Quanto à amêndoa, com a entrada em produção dos pomares instalados nos últimos três/quatro anos e a aproximação da produção cruzeiro dos plantados há seis/sete anos, regista-se um forte aumento da produtividade global, face à campanha anterior (+60%).
Agricultura e Mar Actual