O Bluetech Accelerator Ports & Shipping 4.0, um “ambicioso e inovador” programa de aceleração de startups ligadas à Economia do Mar, idealizado e lançado pelo Ministério do Mar, acaba de escolher as 15 startups que vão desenvolver 23 projectos-piloto.
Neste lote de finalistas há quatro representantes nacionais, escolhidos de entre as 21 startups que marcaram presença num recente bootcamp em Lisboa, provenientes de um total de 11 países diferentes.
Os escolhidos
As eleitas, depois de “um rigoroso processo de selecção, gerido por todos os parceiros”, garante o Ministério do Mar, são a ARX Maritime (Reino Unido), Bizcargo (Portugal), Bluecargo (EUA), Bound4blue (Alemanha), Breeze Technologies (Bélgica), Eco Wave Power (Israel), Geckomatics (Bélgica), eShip (Portugal), i4sea (Brasil), Mariquant (Reino Unido), Sensefinity (Portugal), Sevways (Portugal), Surclean (EUA), T-mining (Bélgica) e Techworks Marine (Irlanda).
Por países, Portugal é o mais representado, com quatro startups, seguido pela Bélgica (três) e pelo Reino Unido (dois), números que “traduzem o alcance internacional desta iniciativa, ao mesmo tempo que ajudam a projectar Portugal como país inovador na área da Economia do Mar em vários mercados”, realça o Gabinete da ministra Ana Paula Vitorino.
O Ministério do Mar destaca ainda o facto de alguns destes pilotos virem a ser desenvolvidos em cooperação entre parceiros, tirando partido da complementaridade das respectivas valências e gerando economias de escala internas.
Soluções serão apresentadas já em Setembro
O fim do programa ocorrerá em Setembro, culminando com o ‘Demo Day’, onde as soluções encontradas e os resultados conhecidos serão apresentadas publicamente.
A iniciativa do Ministério do Mar está a ser coordenada pela Direcção Geral de Política do Mar (DGPM), com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), contando com a parceria do Porto de Leixões, Porto de Sines, Grupo ETE, Grupo Portline e Inmarsat. O programa é implementado pela Beta-i.
Este programa reúne players cruciais do sector marítimo-portuário, “provando que a ‘aceleração azul’ da Economia do Mar é uma aposta capaz de mobilizar o interesse e a motivação das empresas que encabeçam o sector”, acrescenta uma nota do Ministério liderado por Ana Paula Vitorino.
Temas como a Big Data, Internet das Coisas (IoT), Automatização e Robotização dos Portos, Sistemas Autónomos, Smart Shipping ou Vigilância Marítima são algumas tendências com potencial de disrupção no sector marítimo-portuário nacional, e são algumas das áreas onde este programa se pretende focar.
O Bluetech Accelerator
Este projecto tem como principal desígnio a criação de um ecossistema de inovação na Economia do Mar portuguesa. Pretende-se identificar, seleccionar e capacitar as startups com modelos de negócios sustentáveis e com potencial de integração de pilotos junto dos grandes players nacionais e internacionais da Economia Azul.
A iniciativa faz parte do Programa Ocean Portugal, desenvolvido em conjunto pelo Ministério do Mar e pela FLAD, que visa desenvolver a inovação azul e empreendedorismo.
Vem ainda responder a uma das directrizes estratégicas do Governo, que visa aumentar o peso da Economia do Mar Sustentável no PIB nacional e que passa pela implementação de políticas e iniciativas que estimulem o aumento da intensidade tecnológica, da sustentabilidade e da sofisticação dos modelos de negócio da economia azul.
Mais informação sobre o Bluetech Accelerator aqui.
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