A apanha da maçã terminou na primeira quinzena de Outubro. Nas principais regiões produtoras de maçã de Trás-os-Montes registaram-se condições meteorológicas desfavoráveis na fase da floração/vingamento e precipitações intensas sob a forma de granizo em Junho, que provocaram reduções de produtividade face à campanha anterior.
Dizem as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Outubro que, posteriormente, e duma forma mais abrangente em termos territoriais, a onda de calor do início de Agosto provocou situações de queima dos frutos mais expostos.
A produção deverá rondar as 278 mil toneladas, o que representa uma redução de 15% em relação a 2017. Em termos de qualidade as maçãs apresentaram boas características organoléticas e colorações normais.
Pêra atacada por estenfiliose
Quanto à pêra, e após um reforço das equipas de campo no sentido de evitar a exposição prolongada dos frutos às temperaturas elevadas, foi possível terminar a colheita em Setembro.
Ao longo do ciclo produtivo registaram-se alguns problemas na floração/vingamento, com efeitos negativos na quantidade de flores viáveis e na carga de frutos vingados, situação posteriormente agravada com a exposição à onda de calor do início de Agosto.
Este fenómeno meteorológico, que afectou uma quantidade considerável de pomares, teve como principal consequência a paragem do crescimento dos frutos, que não alcançaram os calibres expectáveis, dizem os técnicos do INE.
Foram ainda registados ataques importantes de estenfiliose, que em alguns pomares impediram a colheita de mais de 1/3 da produção.
O INE estima uma redução da produção de 20% face à campanha anterior, para as 162 mil toneladas. De referir que, apesar do menor calibre, as pêras apresentaram boa qualidade organolética.
Agricultura e Mar Actual