O Comité Europeu das Empresas de Vinhos (CEEV) enviou a sua posição sobre o Brexit ao Conselho Europeu. As indústrias europeias de bebidas espirituosas e vinhos querem manter o livre comércio com o Reino Unido e pedem que se crie, quanto antes, um período de transição para que não se diminua o fluxo comercial com aquele país.
No documento entregue, o CEEV detalha as áreas chave em que os negociadores da saída do Reino Unido da União Europeia se devem centrar. Todas elas consideram prioritário alcançar, quanto antes, um acordo sobre um período transitório que garanta a manutenção da normativa da UE relacionada com o vinho e as bebidas espirituosas e a continuação dos acordos de livre comércio vigentes até que se defina o acordo a longo prazo sobre a futura relação comercial entre a UE e o Reino Unido.
As empresas vinícolas pedem às autoridades políticas tempo para se adaptarem ao Brexit, um acordo aduaneiro integral que evite a imposição de taxas onde actualmente não existem e que poderiam pôr em perigo as trocas comerciais com o Reino Unido.
Actualmente, a indústria vinícola do Reino Unido exporta, por ano, 2.300 milhões de euros para a UE, enquanto esta envia 2.900 milhões de euros para os britânicos.
Livre circulação
O documento enviado pelo CEEV salienta que o sector “depende da livre circulação de mercadorias e beneficia da liberdade de circulação de pessoas e de capital na UE (incluindo o Reino Unido)”, acrescentando que existe um peso “histórica e economicamente significativo”, no comércio de vinho com o Reino Unido.
Por isso, referem as empresas, o livre comércio entre a UE e o Reino Unido “é vital para o sucesso contínuo” das empresas, chegando-se ao Brexit “com distúrbios mínimos”.
“O futuro regime deve manter um alto grau de harmonia fiscal, de convergência de legislação, incluindo definições de vinho e de bebidas espirituosas e práticas enológicas”, acrescenta o documento enviado ao Conselho Europeu.
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