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Capoulas diz que Cristas “insiste na manipulação e na mentira”

A presidente do CDS-PP e ex-ministra da Agricultura, Assunção Cristas, deu esta semana uma entrevista ao semanário Expresso. E as suas declarações não foram bem recebidas pelo actual ministro da Agricultura. Luís Capoulas Santos diz que Cristas “insiste na manipulação e na mentira”.

Em entrevista ao semanário, publicada na edição de hoje, 2 de Agosto, a anterior ministra da Agricultura volta a acusar o actual ministro de ter anulado um concurso no valor de 300 milhões de euros para apoio à floresta, aberto pela própria, para o substituir por um concurso de apenas 36 milhões de euros, reduzindo dessa forma forma os apoios à prevenção.

“Nessa medida, mais uma vez, se esclarece que esse concurso (de 210 e não de 300 milhões de euros) foi declarado ilegal pela Inspecção-Geral de Agricultura por não respeitar a dotação orçamental da medida do PDR 2020 ao abrigo da qual foi aberto, cuja dotação inicial era de apenas 36 milhões de euros, valor definido pela própria”, esclarece uma nota do Gabinete do Ministro da Agricultura.

Segundo a mesma nota, “numa tentativa desesperada de iludir a opinião pública e de rejeitar responsabilidades nas consequências da sua própria acção política relativamente à floresta, Assunção Cristas omite o facto de ter levado a cabo uma reprogramação do PRODER em Março de 2012 e outra em Setembro de 2015, das quais resultou uma redução global de cerca de 175 milhões de euros de apoios públicos à floresta. Ou seja, ao mesmo tempo que abria um concurso de 210 milhões de euros para uma dotação inexistente no programa de apoio seguinte, Assunção Cristas cortava 175 milhões de euros no programa que estava a gerir”.

Cristas com 36 M€ para defesa da floresta

Assunção Cristas, garante o Ministério de Capoulas Santos, “continua igualmente sem explicar por que razão, considerando a prevenção um eixo estruturante e atribuindo-lhe agora uma prioridade extraordinária, programou apenas 36 milhões de euros de apoios à defesa da floresta num pacote de 406 milhões de euros que estão alocados à componente florestal do PDR 2020. Ou seja, para Assunção Cristas, a prevenção e defesa da floresta merecem apenas 8,9 % do investimento a fazer, por muitos concursos ilegais de 210 milhões de euros (real valor do concurso) que tenha aberto”.

Diz a mesma nota que “o desespero eleitoral e o aproveitamento político do flagelo dos incêndios, que tem sido visível perante toda a opinião pública, não justificam o recurso sistemático à mentira como forma de esconder as reais responsabilidades de cada um na situação trágica que o País tem atravessado”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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