A produtividade das pomóideas aumentou 20% na campanha de 2017 face à do ano passado, revelam as previsões agrícolas do do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 31 de Julho.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas de Agosto de 2017, o estado vegetativo das pomóideas “é bom, apresentando um avanço significativo do ciclo face ao habitual, prevendo-se que a colheita das variedades mais precoces tenha início na segunda semana de Agosto”.
Nas maçãs, a queda localizada de granizo na zona de Beira Douro e Távora danificou parte significativa da produção, que terá de ser direccionada para a indústria. Ainda assim, globalmente, espera-se um aumento de 20% na produtividade desta cultura face à campanha anterior que, recorde-se, foi uma das menos produtivas da última década.
Quanto às pêras, as temperaturas têm contribuído para o aumento do calibre dos frutos, num ano em que a carga é elevada. Não se registaram ataques anormais de pragas ou doenças e, exceptuando nos pomares onde a presença do inóculo de estenfiliose é elevada, esperam-se colheitas com frutos de boa qualidade comercial. A produtividade deverá rondar as 13,6 toneladas por hectare, valor 20% acima da obtida em 2016 e muito próximo da média do último quinquénio, acrescenta o INE.
Boas perspectivas para as prunóideas
Iniciada em meados do mês de Junho, a colheita do pêssego tem decorrido com normalidade. A produtividade estimada desta campanha (10 toneladas por hectare), ainda que superior à da campanha anterior (+20%), foi afectada por condições climatéricas adversas na fase da floração/frutificação, nomeadamente por geadas que comprometeram o rendimento dos pomares situados nas zonas mais baixas.
Nos amendoais, e apesar da grande maioria da área ser feita em regime de sequeiro, os sinais de stress hídrico não são muito evidentes. O aspecto vegetativo é normal, prevendo-se um aumento significativo da produtividade (+215%, face a 2016, um ano ao nível dos piores dos últimos trinta anos).
Agricultura e Mar Actual