A contaminação de ovos com fipronil, um pesticida proibido na cadeia alimentar, continua a alarmar a Europa. Mas, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, garante que Portugal não foi afectado.
Depois de casos detectados na Bélgica, Holanda e Alemanha, a União Europeia notificou ontem, 7 de Agosto, as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual entrada naqueles territórios de lotes de ovos contaminados com aquele insecticida de amplo espectro, autorizado em explorações agropecuárias para eliminar piolhos e pulgas em galinheiros.
A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana passado o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da UE.
Portugal fora da lista
Até agora Portugal não está na lista, o que leva o ministro da Agricultura a dizer que está tranquilo mas atento e garante que o caso está a ser acompanhado desde o primeiro alerta.
Capoulas Santos explicou à Antena 1 que quanto aos ovos importados por Portugal, “existe hoje uma rastreabilidade que permite, em termos de todas as normas de segurança alimentar, na generalidade dos produtos, fazer essa rastreabilidade, isto é acompanhar todo o percurso desde o momento da produção até ao local de consumo”.
Adianta o ministro que “todo o trabalho de verificação que fizemos revela que, das origens que foram identificadas, não entraram desses ovos em Portugal.
A Federação de Agricultores Holandeses garantiu esta segunda-feira que para os consumidores, o problema “está praticamente acabado”, mas realçou o impacto que o alerta terá ainda nos agricultores. “Vão ser precisas semanas, senão meses, para eles poderem retomar a produção”, declarou o responsável Johan Boonen. Ao todo, 150 aviários terão sido fechados na Holanda.
Agricultura e Mar Actual