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Volume de capturas de pescado cai 4,7% com queda da apanha de moluscos

O volume de capturas de pescado em Portugal, em Fevereiro de 2017, diminuiu 4,7% (-1,7% em Janeiro), justificado pela menor captura de moluscos. Às 5.424 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 18.699 mil euros, valor que representa um acréscimo de 21,1 % (+27,8% em Janeiro), refere o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), relativo ao mês de Março de 2017.

Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 282 toneladas de pescado, ou seja menos 25,8% (-4,8% em Janeiro), devido à menor captura de atuns.

Na Região Autónoma da Madeira, as 286 toneladas capturadas representaram um aumento de 1,4% (+17,6% em Janeiro), devido sobretudo pela maior captura de atuns e peixe-espada.

Reforço na sardinha

O volume de peixes marinhos (4.127 toneladas) aumentou 1,7% (+4,0% em Janeiro). Para esta situação contribuiu a maior captura de sardinha (+50,0%) com 6 toneladas. “De notar que esta captura é resultante da pesca com artes que não o cerco, em cumprimento do publicado no Despacho n.º 15775-F/2016, de 30 de Dezembro, que estabelece um período de interdição de captura com a arte de cerco, manutenção a bordo e descarga de sardinha, entre o dia 1 de Janeiro e o dia 28 de Fevereiro de 2017”, explicam os técnicos do INE.

Aumentaram também o volume de cavala (+4,7%) com 313 toneladas e de peixe espada (+1,7%) com 351 toneladas capturadas. Pelo contrário, tiveram menor nível de captura os atuns (-38,4%), com 130 toneladas, o carapau (-6,1%), com 1 477 toneladas e as pescadas (-4,0%), com 120 toneladas capturadas.

Crustáceos triplicam

O volume de crustáceos, com 56 toneladas, praticamente triplicou, com um acréscimo de 194,7% (+56,3% em Janeiro), devido sobretudo a maiores volumes de gamba branca e lagostim, espécies para as quais não houve capturas no mês homólogo de 2016. Já os moluscos (1.200 toneladas) apresentaram um decréscimo de 24,7% (-14,7% em Janeiro), sendo de destacar principalmente uma menor captura de berbigão, mexilhões, polvo e lulas.

Quanto ao preço médio do pescado descarregado foi 3,30 euros/kg, representando um acréscimo de 25,9% (+29,1% em Janeiro). O preço médio dos peixes marinhos (2,76 euros/kg) teve um aumento de 14,4%, em parte devido ao aumento do preço dos atuns e da sardinha.

O preço dos crustáceos (16,52 euros/kg) mais do que duplicou (+152,5%), devido ao peso de espécies mais valorizadas, caso da gamba branca e do lagostim. O preço médio dos moluscos (4,70 Euros/kg) teve um acréscimo de 49,0 %, em parte devido aos maiores preços atingidos por espécies como o berbigão, os mexilhões e o polvo.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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