O crescimento médio anual das importações da Coreia do Sul, entre 2012 e 2016, foi superior ao mundial nos bens (3,7% versus 0,1%), e no café (9,6% contra 1,6%). De acordo com o ITC – International Trade Centre, em 2016, a Coreia do Sul foi 7º maior importador mundial de bens, com 3,4% do total. No café, ocupava a 12ª posição, respondendo por 1,9% das importações mundiais.
Mas, em 2016, Portugal exportou apenas 5 mil euros de café para aquele país. Estes são alguns dos dados revelados na Síntese Sectorial sobre o mercado coreano de café da Coreia do Sul agora publicada pela Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
A Aicep diz que esta pode ser uma oportunidade de negócio, uma vez que o consumo de café está a crescer exponencialmente na Coreia do Sul, com o café instantâneo a liderar as vendas.
Entre 2012 e 2016, no quadro dos dez maiores fornecedores, as importações sul coreanas de café aumentaram em todos os casos, com excepção das provenientes do Vietname, do Perú e das Honduras. Em 2013, ano de contracção das compras de café por parte da Coreia do Sul, apenas os EUA, a Suíça e Itália aumentaram os valores fornecidos ao mercado.
Os únicos fornecedores europeus no Top 10, Suíça e Itália, têm reforçado a presença como fornecedores do mercado sul coreano a um ritmo médio de 25,2% e 15,7% ao ano. Em 2016, as importações em café suíço fixaram-se em mais de 22M€ (4,4% do total) e as em café italiano atingiram 19,4M€ (3,8%).
A posição de Portugal é, ainda, pouco significativa, ocupando o 60º lugar, com 5 mil € e uma quota de mercado de 0,001% em 2016. O valor mais elevado registou-se em 2013 (40 mil € a que correspondeu uma quota de 0,013%).
Consumo de café sobe exponencialmente
Segundo o documento publicado pela Aicep, o café, com tradições enraizadas no século XIX é, “actualmente, uma das bebidas mais populares da Coreia do Sul. O número de cafeterias tem vindo a aumentar de forma exponencial, sobretudo nos últimos dez anos, acentuando a associação entre o hábito de beber café e o entretenimento fora de casa. Actualmente, os sul-coreanos bebem mais café do que os europeus“.
Em 2016, a Coreia do Sul foi o 12º maior importador mundial de café, com quase 2% do total e com as importações a aumentar a um ritmo muito superior ao da média mundial.
O café instantâneo, com maior tradição no mercado, é líder das vendas, enquanto o café moído é um produto de venda quase exclusiva nas grandes superfícies comerciais. “O consumo de café em casa está, também, a aumentar dinamizado pelo crescimento do uso de máquinas domésticas de café em cápsula, cujo crescimento atingiu 21% em 2016 (10% em 2015)”, realça a Aicep.
“Apesar de se tratar de um mercado maduro, é convicção do sector que há ainda margem para o lançamento de novos produtos nos próximos anos, em face do grau de exigência do consumidor e da sua necessidade em dispor de novos aromas e sabores”, referem os analistas da Agência, dando este sector como uma oportunidade de negócio.
Pode consultar o documento da Aicep aqui.
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