Agricultores do Baixo Alentejo dizem que preços da água do Alqueva “ficaram desequilibrados”

Os responsáveis pela FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo ficaram “satisfeitos” com a decisão do ministro da Agricultura em descer o preço da água do Alqueva, mas dizem que os preços “ficaram desequilibrados e desajustados da realidade”. Já informaram Capoulas Santos que se mostrou disponível para “equacionar e rever” a situação.

Segundo um comunicado da Federação, a redução dos preços apresentada, vai desde os 20% para a água com pressão, até aos 33%, no fornecimento em baixa pressão. “Trata-se de uma redução significativa, que poderá contribuir para aumentar a viabilidade do regadio do EFMA [Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva] em geral e muito particularmente de algumas culturas mais exigentes em água, como é por exemplo o milho”.

No entanto, aqueles agricultores consideram que os preços a praticar pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, às associações de regantes confinantes, que “desde o ano passado necessitam de comprar água do Alqueva, embora com redução igualmente significativa, ficaram desequilibrados e desajustados da realidade, uma vez que a diferença de preços, relativamente aos regantes directos desta empresa, é de apenas 0,002 euros/m3”.

Capoulas analisa situação

Neste contexto, diz a FAABA, a revisão tarifária “deveria ter em conta o facto de as associações de regantes não serem o utilizador final da água fornecida por Alqueva, pelo que consideramos que se justifica a definição de uma tarifa específica adequada”.

“Já tivemos oportunidade de debater, pessoalmente, esta questão com o senhor ministro, que manifestou abertura para, num futuro próximo, com dados mais concretos, poder equacionar e rever este tema específico”, diz o comunicado dos agricultores do Baixo Alentejo.

Agricultura e Mar Actual