A Fenareg – Federação Nacional de Regantes de Portugal reage à redução do preço da água do Alqueva para agricultores e diz que os novos preços “contribuem assim para a viabilidade do regadio de Alqueva, proporcionando melhores condições de competitividade para os regantes do EFMA – Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, reivindicação já antiga da Federação”.
A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, no passado dia 14 de Março, uma decisão política conjunta com os Ministérios das Finanças e do Ambiente.
A Fenareg diz que a água do Alqueva tem “valores agora equiparados aos praticados noutros perímetros de rega do País” e que para além destes fornecimentos de água aos agricultores directos do EFMA, o sistema de Alqueva, projectado para fazer face aos ciclos de seca do Alentejo, tem “também a possibilidade de abastecer os perímetros de rega confinantes, que já existiam antes de Alqueva”.
Três anos de seca
Com o terceiro ano consecutivo de seca, as albufeiras daqueles perímetros “registam valores críticos de armazenamento e o recurso a Alqueva para recarregar as barragens torna-se vital, estando em risco 30.000 ha de regadio, para além das questões ambientais e de qualidade da água dessas albufeiras”, adianta um comunicado da Federação.
Mas aqueles responsáveis consideram que o preço anunciado “ficou aquém das expectativas, mas estamos convencidos que haverá abertura para viabilizar este recurso, num contexto agravado por situações excepcionais e para encontrar soluções que permitam reduzir esses custos”.
A Fenareg é uma associação de utilidade pública, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2005, que agrupa entidades dedicadas à gestão da água para rega, tanto superficial como subterrânea, com o objectivo de unir esforços e vontades na defesa dos seus legítimos interesses e na promoção do desenvolvimento sustentável e da competitividade do regadio. Actualmente conta com 28 associados que representam mais de 22 mil agricultores regantes e cerca de 134.750 hectares, quer dizer, mais de 76% do regadio colectivo público e cerca de 20% do regadio nacional.
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