O ano de 2022 chegou ao fim com 3.875 embarcações de pesca licenciadas, menos 19 que em 2021. A frota licenciada equivaleu a 50,9% do número total de embarcações, 85,0% do total da arqueação bruta e 81,2% do total da potência da frota registada nesse ano.
Estes são alguns dos dados divulgados no anuário “Estatísticas da Pesca 2022”, elaborado pelo INE — Instituto Nacional de Estatística e a DGRM — Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, que realça que em 2022 foram abatidas 88 embarcações à frota de pesca, menos 13 unidades que em 2021, das quais 65 foram demolidas.
No entanto, os 53 novos registos de embarcações em 2022 representaram um aumento de 5 unidades, face às entradas ocorridas em 2021.
Menos pescadores
Em 31 de Dezembro de 2022 estavam registados 14.159 pescadores, ou seja, menos 758 (-5,1%) face a 2021. Do total de matriculados, 69,7% estavam inscritos na pesca polivalente, seguida dos segmentos do cerco (15,5%), do arrasto (10,0%) e por último, da pesca em águas interiores (4,7%).
A classe etária dominante foi a de “35 a 54 anos” (56,1% do total), sendo que a restante população se distribuiu de forma relativamente uniforme pelos restantes grupos etários: “16 a 34 anos” (22,9%) e “55 ou mais anos” (21,0%).
A região Norte apresentou o maior número de pescadores matriculados (31,1% do total) detendo, simultaneamente, a maior percentagem de inscritos na pesca do cerco (50,8% do total deste segmento). A região Centro ocupou o segundo lugar, com 24,5% dos pescadores matriculados, e destaca-se por deter mais de metade dos profissionais da pesca do arrasto (56,7%).
Em termos do total de pescadores, seguiram-se o Algarve (18,2%), a Região Autónoma dos Açores (10,5%), Área Metropolitana de Lisboa (9,3%), a Região Autónoma da Madeira (4,9%) e o Alentejo com apenas 1,5% do total dos pescadores inscritos.
A importância relativa dos pescadores inscritos mais jovens, com idade até aos 34 anos, foi maior na R. A. dos Açores (34,7%) e no Centro (28,9%). Já os pescadores com mais idade, igual ou superior a 55 anos, operaram sobretudo no Alentejo (46,3%) e na A.M. Lisboa (39,5%).
Artes de pesca
Relativamente às artes, a pesca polivalente foi o segmento que maior número de pescadores envolveu, totalizando 69,7% dos inscritos (+5,2 p.p. face a 2021), seguido dos segmentos do cerco (15,5%; 14,1% em 2021), do arrasto (10,0% que compara com 10,8% em 2021) e por último, da pesca em águas interiores com 4,7%, decréscimo de 5,9 p.p. em relação ao valor registado em 2021.
Em 2022, os pescadores mais velhos, com idade igual ou superior a 55 anos, exerceram a sua actividade predominantemente em Águas Interiores não marítimas (37,9%), dividindo-se quase igualitariamente pelos outros segmentos. A Pesca Polivalente e o Arrasto, compreenderam praticamente metade dos profissionais até aos 34 anos, com 47,7% em 2022.
O anuário “Estatísticas da Pesca 2022” é composto por nove capítulos temáticos, tendo em cada um deles sido incorporada a análise de resultados e os respectivos dados.
Consulte o relatório completo aqui.
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