A Copa-Cogeca, representante dos agricultores europeus, pediu a prorrogação das ajudas directas e um reforço das medidas de mercado para atenuar a crise de preços, na Política Agrícola Comum (PAC) que será aplicada depois de 2020.
Aquela organização, na consulta pública sobre o futuro da PAC, defendeu que aquela seja “mais forte, sustentável e moderna” de modo a enfrentar novos desafios, com a manutenção da actual estrutura de ajudas, baseada em dois pilares, o dos pagamentos directos e o de desenvolvimento rural.
Em comunicado, o presidente da Copa – Committee of Professional Agricultural Organisations, Martin Merrild, diz que se “devem prolongar as medidas existentes, das ajudas directas, já que são a melhor ferramenta para ajudar os agricultores a gerir os riscos e a conseguir rendimentos estáveis”.
Para Martin Merrild, os subsídios devem ser “concedidos aos agricultores activos, que contribuem para a segurança alimentar e proporcionam bens e serviços públicos”. Mas, salienta que é “fundamental simplificar a PAC, porque a sua complexidade, particularmente no caso das medidas ecológicas, reduz a inovação, reduz a sua eficiência e supõe uma grande carga administrativa para os agricultores”.
Volatilidade dos mercados
Aquela organização pede ainda medidas “mais eficazes para reduzir a crescente volatilidade”, e defende que “os mercados de futuros devem desenvolver-se mais”.
A Copa-Cogeca pede ainda um reforço das cooperativas, para melhorar a posição do agricultor perante outros actores da cadeia alimentar, nomeadamente as agro-indústrias e os supermercados.
Agricultura e Mar Actual