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Sintomas de declínio rápido de oliveiras observados em Puglia, Itália. Foto: EPPO Gallery

Xylella fastidiosa chega a França

A bactéria Xylella fastidiosa já matou milhares de oliveiras na região italiana de Apúlia, desde 2013, e está a preocupar os produtores de azeite em Portugal, Espanha, Grécia e na ilha francesa da Córsega. A bactéria também ataca vinhas e citrinos.

A Organização Europeia e Mediterrânica para a Protecção das Plantas (EPPO) já emitiu um alerta que pode ler aqui, encontrando mais informação sobre a bactéria.

No passado dia 27 de Julho as autoridades francesas notificaram a detecção do primeiro foco da bactéria Xylella fastidiosa na Córsega, em plantas ornamentais da espécie Polygala myrtifolia que apresentavam sintomas de dessecamento parcial.

Segundo um Ofício Circular da DGAV – Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, assinado pela sub-directora geral Ana Paula de Almeida Cruz de Carvalho, desde a detecção do primeiro foco, os serviços da Córsega identificaram até agora mais 13 locais contaminados – jardins, espaços públicos, residências – todos localizados numa área de 10 km na região da Corse-du-Sud, sempre associados à mesma espécie vegetal, Polygala myrtifolia, apesar de também terem sido analisados outros hospedeiros listados na Decisão de Execução (UE) n.º 2015/789.

Conforme reportado, pelas autoridades francesas, estão a ser implementadas as medidas de erradicação previstas na legislação. A estirpe identificada não corresponde à identificada em Itália na região demarcada da Apúlia (X. fastidiosa subsp. pauca- variante CoDIRO) tratando-se de Xylella fastidiosa subespécie multiplex.

“Perante mais esta grave ocorrência e as intercepções anteriormente comunicadas por alguns Estados-membros de plantas de cafeeiro importadas e infectadas com a bactéria, torna-se premente reforçar ainda mais o alerta tendo em vista a sua detecção precoce por forma a se garantir erradicação bem sucedida e se evitarem consequências drásticas em culturas de extrema importância para o País”, realça o Ofício Circular.

Assim, os operadores económicos que produzem e/ou recebem e comercializam plantas de Polygala myrtifolia, de cafeeiro ou de qualquer outro género ou espécie listada nos Anexos da Decisão de Execução (UE) n.º 2015/789 e que apresentem sintomas suspeitos devem informar imediatamente os serviços de inspecção fitossanitária da Direcção Regional de Agricultura e Pescas da sua região.

Devem ainda, conforme estabelecido na referida Decisão, informar os serviços de cada lote de plantas que recebam da zonas demarcadas para a Xylella fastidiosa, indicando nomeadamente a origem, o expedidor, o local de destino, o n.º de série, semana ou lote do passaporte fitossanitário e a identidade e quantidade do lote em causa.

Seja produtor ou fornecedor de plantas, fruticultor, olivicultor, viticultor ou mesmo um cidadão comum, caso observe sintomas suspeitos desta bactéria “deve de imediato notificar os serviços de inspecção fitossanitária da Direcção Regional de Agricultura e Pescas onde se encontra”, alerta a DGAV.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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