A Associação Plantar uma Árvore com o apoio da Comissão Vitivinícola da Região do Alentejo (CVRA) plantou mais de 1.250 árvores no Alentejo para recuperar alguns danos causados pelos incêndios que deflagraram em 2018. Os Vinhos do Alentejo doaram parte da receita obtida pela venda dos bilhetes da feira de vinhos realizada no Centro Cultural de Belém, para esta acção de reflorestação.
As intervenções foram promovidas em dois locais diferentes. A primeira acção foi em Montemor-o-Novo, junto ao Castelo e a segunda, em Courelas de Guadalupe, no concelho da Vidigueira. Estas iniciativas estão integradas em projectos de voluntariado: a Volunteer Escapes – Volunteer with European Solidarity Corps for Activities in Portugal with Ecological Sense e a Projecto Chloris – Conservação de Habitats em Sociedade.
514 árvores em Montemor-o-Novo
Em Montemor-o-Novo foram plantadas, no total, 514 árvores e arbustos. “O objectivo visa a valorização ecológica e restituição de um bosque nativo na área envolvente ao castelo, enquadrada num plano que tem por objectivo a recuperação da vegetação autóctone, o controlo de espécies exóticas infestantes e a geração de um bosque nativo que constitua um espaço de elevada qualidade paisagística e ambiental, de suporte à biodiversidade e serviços dos ecossistemas, saúde pública e qualidade de vida”, comenta Miguel Teles, presidente e coordenador executivo da Associação Plantar uma Árvore.
Vidigueira
No concelho da Vidigueira, um terreno adquirido para diversos projectos de conservação da Natureza, foi alvo de fogo posto no verão de 2018. Para fazer face a este acontecimento o projecto de voluntariado prevê a regeneração da floresta nativa e das espécies autóctones, o potenciar da biodiversidade e a restituição dos sistemas e funções ecológicas.
Neste terreno foram plantadas 759 plantas: 372 sobreiros, 147 azinheiras, 120 freixos e 120 aroeiras. O proprietário juntou outras espécies, designadamente murtas, alfarrobeiras e carvalhos-cerquinhos.
“A riqueza da flora no Alentejo assume-se como um dos seus principais elementos diferenciadores, servindo de base aos ecossistemas da região. De forma a minimizar o impacto dos fogos, consideramos importante a contribuição para o restabelecimento destes habitats essenciais para o equilíbrio ecológico da região e, portanto, relevantes também para que tenhamos vinhas mais saudáveis”, afirma Francisco Mateus, presidente da CVRA.
Agricultura e Mar Actual