Ao longo dos últimos 20 anos a Universidade de Évora tem vindo a consolidar o conhecimento sobre a gestão e conservação das populações de peixes migradores diádromos (e.g, sável, lampreia-marinha), sendo actualmente uma referência a nível nacional e internacional neste domínio.
O “excelente trabalho” que a Universidade de Évora tem realizado foi recentemente alvo de “reconhecimento público com uma menção explícita à instituição na legislação que regulamenta a pesca profissional da lampreia-marinha e do sável no estuário do rio Mondego e na Ria de Aveiro” refere uma nota de imprensa da instituição.
Assegurar um período de defeso
Os Despachos 121/2020 e 122/2020 de 6 de Janeiro, respectivamente, vêm “assegurar um período de defeso harmonizado em toda a zona do Baixo Mondego que permita potenciar a migração das referidas espécies até aos habituais lugares de desova”, uma vez que, tal como consta, importa “a par das medidas que asseguram a restauração dos seus habitats, se revejam, no quadro de uma política de gestão de proximidade, os períodos de defeso aplicáveis a estas espécies, no ano de 2020, nas áreas sob jurisdição marítima da bacia hidrográfica do Mondego”.
Centro de Ciências do Mar e do Ambiente
Os diversos projectos de investigação coordenados por Pedro R. Almeida, investigador do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, contribuíram para a presença da Universidade de Évora em todas as bacias hidrográficas nacionais, com especial incidência na região Centro e Norte, e para o estabelecimento de uma relação de confiança com as comunidades de pescadores profissionais que se dedicam à exploração comercial destas espécies.
Com o objectivo de contribuir para a conservação das espécies migradoras diádromas e para uma exploração sustentável das suas populações, a Universidade de Évora tem sido responsável pela monitorização das populações de sável e lampreia-marinha a nível nacional, tendo igualmente liderado acções de restauro do habitat fluvial essencial para que estes peixes migradores completem o seu ciclo de vida.
Desde 2011 que a Universidade de Évora colabora com o IPMA — Instituto Português do Mar e da Atmosfera e presta assessoria à DGRM – Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e ao ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, entidades responsáveis pela gestão da pesca comercial destas espécies em Portugal, participando activamente em reuniões com pescadores profissionais nas principais bacias hidrográficas nacionais.
Agricultura e Mar Actual