A evolução epidemiológica favorável da varíola ovina e caprina em Castilla-La Mancha permitiu levantar a partir de hoje, 7 de Agosto, a zona de vigilância que afectava vários municípios das províncias de Ciudad Real e Toledo, refere uma nota de imprensa do Executivo espanhol.
“A rigorosa aplicação das medidas de luta contra a varíola ovina e caprina adoptadas pelos serviços de saúde animal da Junta de Castilla-La Mancha, com a colaboração essencial de agricultores e veterinários, permitiu alcançar um controle eficaz da doença. Nenhum novo caso foi detectado desde que o último surto foi relatado numa exploração de ovelhas no município de Casas de Fernando Alonso (Cuenca) em 17 de Maio”, realça a mesma nota.
Além disso, a pedido da Espanha, a Comissão Europeia modificou a Decisão (UE) 2022/2333, relativa a certas medidas de emergência em relação à varíola ovina e caprina na Espanha, para permitir a circulação de animais da área de restrição adicional, que abrange as províncias de Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo, rumo a uma zona franca não só para o seu abate imediato em matadouro, mas também com destino vitalício para explorações de produção e confinamentos. Para isso, será necessária uma inspecção clínica com resultados favoráveis e permanência mínima dos animais de 30 dias na origem e destino, acrescenta a mesma nota.
E realça que, desta forma, “manter-se-á até 25 de Setembro a limitação da circulação de animais devido à doença exclusivamente na zona de restrição adicional. Não havendo novos focos, nessa data todo o território nacional recuperará o estatuto de indemne de varíola ovina e caprina”.
Portugal indemne desde 1970
Refira-se que Portugal é indemne de Varíola Ovina e Caprina desde 1970. Segundo a DGAV — Direcção Geral da Alimentação e Veterinária, os agentes causais da varíola ovina e da varíola caprina são vírus da família Poxviridae, género Capripoxvirus. A doença é transmitida por aerossóis, no contacto directo de animais susceptíveis com animais que tenham vesículas ulceradas.
A infecção, para além da inalação, também pode ocorrer através de membranas mucosas ou de pele com abrasões. A transmissão pode ser indirecta por contacto com instrumentos, veículos ou produtos contaminados (p.e. forragem) e por insectos (vectores mecânicos). O período de incubação é de 8 a 13 dias.
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