A Câmara Municipal de Setúbal foi escolhida para testar uma ferramenta tecnológica de gestão de riscos, desenvolvida no âmbito da União Europeia, que facilita a comunicação entre a Protecção Civil e a população.
O consórcio responsável pela dinamização deste projecto, denominado RiskPACC, que envolve 19 parceiros de vários países europeus, visitou Setúbal para testar uma nova aplicação móvel que visa facilitar a comunicação de riscos por parte das autoridades de Protecção Civil e aumentar a preparação dos cidadãos face à ocorrência de catástrofes, tais como terramotos, incêndios florestais e inundação, informa uma nota de imprensa da autarquia.
A iniciativa, que incluiu um workshop de recolha de impressões ao teste realizado à nova solução tecnológica, contou com a participação de três representantes do consórcio europeu, três técnicos do Serviço Municipal de Protecção Civil, duas técnicas da Divisão de Juventude, dois bombeiros da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e de alunos da Escola Secundária D. Manuel Martins.
Projecto RiskPACC
Riscos cada vez mais complexos e interligados realçam a nível mundial a necessidade de aumentar a resiliência individual e colectiva às catástrofes. A sensibilização para os riscos e os níveis de preparação em toda a Europa continuam baixos, com disparidades entre as percepções dos riscos e as acções dos cidadãos, e entre as percepções dos riscos dos cidadãos e das Autoridades de Protecção Civil.
O projecto RiskPACC procura “compreender melhor e fechar esta lacuna de acção de percepção de risco (RPAG). Através da sua abordagem de co-criação dedicada e dos seus sete estudos de caso, (…) facilitará a interacção entre cidadãos e Autoridades de Protecção Civil” para identificar conjuntamente as suas necessidades e desenvolver potenciais soluções processuais e técnicas para construir maior resiliência a desastres”.
Salientam os responsáveis pelo projecto que o RiskPACC fornecerá uma compreensão da resiliência a desastres na perspectiva dos cidadãos e das Autoridades de Protecção Civil, identificando iniciativas e boas práticas de construção de resiliência lideradas tanto pelos cidadãos (de baixo para cima) como pelas Autoridades de Protecção Civil (de cima para baixo).
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