O secretário Regional do Mar e das Pescas dos Açores, Manuel São João, defendeu na quinta-feira, 20 de Julho, uma maior rotatividade dos stocks de atum nos entrepostos da Região, no âmbito de uma reunião que manteve com representantes do sector.
”Temos, por parte da indústria, um compromisso muito importante, nomeadamente das empresas representadas pela Pão do Mar [Associação dos Industriais de Conservas de Peixe dos Açores], na rotatividade dos stocks”, frisou Manuel São João.
E enalteceu “consensos que permitem, por um lado, assegurar que não irá parar a safra do atum perante a falta de capacidade de congelação e, por outro lado, criar um mecanismo de rotatividade nos entrepostos que permita que as indústrias retirem o pescado congelado necessário à sua laboração normal por forma a que quando se chegar ao final da safra se tenha os entrepostos com o máximo de pescado congelado que permita trabalhar nos próximos meses, para evitar a sazonalidade e a importação de atum comunitário”.
Em análise às medidas implementadas na corrente safra de 2023, o secretário Regional do Mar e das Pescas reuniu com as direcções da Federação das Pescas dos Açores, APASA — Associação de Produtores de Atum e Similares nos Açores, Associação Pão do Mar e Lotaçor — Serviço de Lotas dos Açores para auscultar o impacto destas na produção e indústria, que advém da limitação da capacidade dos entrepostos na região, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
“Esta reunião insere-se num conjunto de reuniões que vimos mantendo durante a safra do atum e para ter aqui, de alguma forma, as sensibilidades quer da indústria e quer da própria produção e com a Lotaçor, como empresa do sector empresarial regional que tem a seu cargo os entrepostos da região”, sublinhou Manuel São João.
Reestruturação dos entrepostos
Acompanhando diariamente a safra, foram implementados, no inicio da semana, limites de descarga para a espécie Atum Bonito, consoante o segmento de frota, devido às limitações na capacidade actual dos entrepostos, adianta a mesma nota recordando que há em curso uma reestruturação dos entrepostos da região.
Foi o caso de Santa Maria e o da Horta e presentemente a Madalena do Pico, sendo que este último representa “nada mais nada menos que metade da capacidade de congelação da Região Autónoma dos Açores, daí ter havido este esforço para que quer a produção, quer a comercialização, quer a transformação encontrem as melhores soluções com vista a valorizarmos o pescado”.
Manuel São João adiantou também que a obra do entreposto da Madalena do Pico “tem que estar concluída até setembro, sendo certo que depois entra em fase de testes e há necessidade de proceder a mais algumas reparações para estar habilitada na próxima safra a poder funcionar em pleno”.
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