A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de publicar o documento “Sanidade Animal — Relatório 2010-2016”. Diz aquela Direcção que a situação sanitária dos efectivos pecuários em Portugal “tem melhorado ao longo dos anos, no que diz respeito às doenças dos animais sujeitas a acções de controlo ou de erradicação.
Por outro lado, concluí que há “uma certa concentração” no sector de exploração de bovinos.
Na sequência das atribuições de protecção da saúde animal consignadas na orgânica da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, a Direcção de Serviços de Protecção Animal, considera “prioritária a recolha, o tratamento e a divulgação da informação sanitária nacional relativa ao conjunto de acções desenvolvidas no Plano Nacional de Saúde Animal”, frisa a DGAV.
Este documento reúne assim o sumário das actividades sanitárias implementadas em Portugal nos últimos 7 anos (desde a publicação do último Boletim Sanitário), com o objectivo de divulgar entre os diferentes parceiros com intervenção na saúde animal, os resultados dos programas e acções desenvolvidas pela DGAV (serviços centrais e regionais), pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) – Laboratório Nacional de Referência (LNR) para as doenças dos animais e pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) – LNR para as doenças dos moluscos bivalves.
E ainda por um conjunto alargado de produtores pecuários, suas organizações (OPP, Associações), médicos veterinários responsáveis sanitários e assistentes, laboratórios privados, donos de animais de companhia e médicos veterinários clínicos.
Situação sanitária dos efectivos pecuários em Portugal tem melhorado
Este relatório é apresentado por espécie animal e por Plano, incluindo aqueles que são alvo de recolha sistemática de dados.
Segundo a DGAV, a situação sanitária dos efectivos pecuários em Portugal tem melhorado ao longo dos anos, no que diz respeito às doenças dos animais sujeitas a acções de controlo ou de erradicação.
Adianta o Relatório que a população nacional de bovinos tem-se mantido estável enquanto decresce progressivamente o número de explorações, indiciando uma certa concentração do sector.
As doenças que são alvo de planos de erradicação apresentam uma situação favorável, abaixo de 0,5% de explorações positivas à brucelose e à tuberculose. No entanto, não tem existido nos últimos anos uma evolução da situação tendente à efectiva erradicação, continuando a existir isolamentos de Brucella abortus e de Mycobacterium bovis, em várias regiões.
Investir na qualidade do trabalho executado na erradicação de doenças
“Esta situação revela a necessidade de se investir na qualidade do trabalho executado no âmbito destes planos e no que se refere à tuberculose, no reforço das medidas aplicadas ao nível da caça maior, para a redução da contaminação ambiental e para a redução de contactos entre a fauna e os animais domésticos, nas zonas de risco”, refere o relatório da DGAV.
Relativamente à Leucose, mantém-se desde 2009 a infecção na DAV do Porto e em alguns concelhos da Região Norte. A indemnidade tem-se mantido nas restantes Regiões, como se confirma pelos bons resultados do plano de vigilância.
A erradicação da EEB tem-se revelado eficaz e Portugal que tem conseguido manter o seu estatuto de risco negligenciável junto da OIE.
Pode consultar o relatório completo aqui.
Agricultura e Mar Actual