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Rótulo Digital Europeu dos vinhos. Declaração nutricional e lista de ingredientes agregadas em solução da GS1 Portugal

A entrada em vigor da nova legislação para o sector vitivinícola torna obrigatória a colocação da lista de ingredientes e declaração nutricional na rotulagem dos vinhos. Esta regulamentação será aplicada aos vinhos produzidos a partir de 8 de Dezembro de 2023 e, portanto, integralmente aos vinhos da colheita de 2024 e seguintes.

Tendo isto em conta, o mais recente evento promovido pela GS1 Portugal  — entidade responsável pela implementação de standards para fomentar uma maior eficiência ao longo das cadeias de valor —, contou com a presença de profissionais da Nielsen Portugal e da entidade anfitriã para apresentar uma caracterização das principais tendências do sector a que esta obrigatoriedade responde, assim como a solução disponibilizada pela GS1 Portugal para apoiar as empresas do sector na resposta aos requisitos da nova legislação.

Após a intervenção de João de Castro Guimarães, director-executivo da GS1 Portugal, que marcou o arranque do evento, o enquadramento sobre o sector vitivinícola foi da responsabilidade de Rui Pinto, senior consultant da Nielsen Portugal.

De acordo com o especialista, “existem algumas tendências emergentes que impactam este sector, nomeadamente o facto de a desaceleração da inflação poder ser uma ilusão, o aumento da resiliência dos consumidores, a era das despesas calculadas e, ainda, o crescimento além do preço, que contribuem ou advêm de uma alteração do consumo para as marcas de distribuição, que têm vindo a ganhar cada vez mais relevo”, avança uma nota de imprensa da GS1 Portugal.

Sustentabilidade no sector vitivinícola

Feita a radiografia à actual situação do sector vitivinícola, a sustentabilidade foi abordada enquanto alavanca estratégica das empresas, com potencial impacto transversal em toda a sua actividade.

As organizações são cada vez mais avaliadas pelo seu impacto e pela sua capacidade de acção, e os relatórios de sustentabilidade são o instrumento que disponibiliza toda esta informação, optimizando a visibilidade do desempenho para as partes interessadas, adianta a mesma nota.

Sobre a sustentabilidade no sector vitivinícola em particular, Marta Résio, gestora sénior de comunicação e sustentabilidade da GS1 Portugal, destaca que “de facto, quem está a agregar dados para incluir num rótulo que dá a conhecer de forma transparente ao consumidor aquilo que é o equilíbrio nutricional que se espera do produto, está já com algum trabalho feito para começar a reportar sustentabilidade. Isso será uma mais-valia para depois partilhar essa informação, por um lado, com a sua cadeia de valor, e, por outro lado, eventualmente, com a banca que, cada vez mais, é obrigada a seleccionar parceiros com esse tipo de critérios de sustentabilidade”.

Rótulo e/ou QR Code

Com o intuito de modernizar o sistema de informação aos consumidores e disponibilizar no limitado espaço do rótulo toda a informação necessária, a legislação deixa espaço para as empresas comunicarem essa informação por via electrónica, através da utilização de rótulos digitais.

Tendo isto em conta, Raquel Abrantes, directora de standards e apoio ao associado da GS1 Portugal, apresentou as tendências da transformação digital no sector vitivinícola, bem como os desafios e oportunidades que enfrenta.

“Na realidade, esta transparência e necessidade do consumidor de saber mais informação a respeito dos produtos que consome remonta a 2011 (…) quando se tornou obrigatório para todos os géneros alimentícios destinados ao consumidor final um conjunto de menções, nas quais os vinhos tinham isenção relativamente à listagem de ingredientes e informação nutricional. O sector, de forma voluntária, apresentou medidas de auto-regulação que anteciparam o que veio efectivamente a tornar-se obrigatório por regulamento europeu. Assim, a publicação do novo regulamento em matéria de rotulagem dos produtos vitivinícolas torna obrigatória a apresentação da lista de ingredientes e declaração nutricional na rotulagem dos vinhos e vinhos aromatizados, introduzindo exclusivamente ao sector a possibilidade da disponibilização de rótulos electrónicos para o efeito”, explica Raquel Abrantes.

Seguiu-se a intervenção de Nuno Azevedo, director de serviços digitais da GS1 Portugal, que apresentou o 560 e-Label, a solução da GS1 Portugal para apoiar as empresas no processo de digitalização e partilha com os consumidores de informações relevantes sobre os seus produtos.

De acordo com o especialista existem três grandes tópicos que devem ser abordados quando olhamos para os desafios da nova legislação no sector vitivinícola. “O primeiro é perceber o regulamento e que impactos poderá ter para cada uma das organizações e para o sector, o segundo será a tecnologia e as mudanças operacionais que têm de ser efectuadas para dar resposta a este regulamento, e um terceiro ponto será como nos podem ajudar a superar este desafio. E a missão da GS1 Portugal é exactamente a de apoiar os seus associados”.

Posteriormente, o 560 e-Label foi aprofundado por Filipe Esteves, gestor de desenvolvimento de negócio da GS1 Portugal, que destacou as principais vantagens de aderir à solução da GS1 Portugal que responde às novas regras de rotulagem do vinho. “A GS1 Portugal é a organização responsável por gerir os standards e as soluções que permitem melhorar a eficiência nas cadeias de abastecimento (…) e tem uma equipa dedicada que fará todo o acompanhamento dos seus associados”, conclui.

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