A recolha de leite em Modo de Produção Biológico (MPB), em 2021, contabilizou cerca de 0,2% do volume total de leite recolhido. A análise por tipo de leite mostrou que este modo de produção quantificou 0,17% da recolha de leite de vaca e de ovelha, tendo sido superior para o leite de cabra, em que atingiu 0,79% do volume total recolhido do leite desta espécie, divulga o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2022, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em 2021 o volume de produtos lácteos em MPB representou 0,14% da produção global da indústria de lacticínios nacional. Qualquer dos produtos transformados produzidos em MPB constituiu uma percentagem reduzida do volume total da produção em questão: 0,19% do total de leite para consumo e leites acidificados (inclui iogurtes), 0,06% do queijo e 0,15% do soro líquido.
No ano em análise, acrescentam os técnicos do iNE, a distribuição da recolha do leite biológico produzido por tipo, foi similar à registada em Portugal para o leite produzido de forma convencional, com predomínio do leite de vaca, que constituiu cerca de 94% do total de leite MPB recolhido e 98% da recolha total de leite não biológico. No entanto, a recolha de leite de cabra em MPB mostrou maior relevância, com um peso de 4,5%, face ao peso de apenas 1,0% no caso do leite convencional.
Quanto ao leite de ovelha, assumiu um peso semelhante na recolha quer de leite convencional, quer de leite em MPB (1,3%).
Segundo o o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2022, apesar da produção convencional da indústria de lacticínios apresentar uma maior diversidade de produtos lácteos, a produção em modo biológico em 2021 circunscreveu-se ao leite para consumo e leites acidificados (89,6% da produção em MPB; 70,7% da produção convencional), ao queijo (2,8% em MPB; 7,6% no não biológico) e ao soro líquido (peso de cerca de 8% em MPB e convencional).
A distribuição do queijo produzido em MPB, mostrou uma maior incidência dos queijos estremes de cabra e de ovelha, que em conjunto reuniram 43,4% do volume total em MPB, enquanto na produção convencional quantificaram apenas 10,5%. O mesmo ocorreu para o queijo de mistura e requeijão (17,1% em MPB; 9,7% no convencional), em detrimento do queijo de vaca estreme, cujo peso em MPB não ultrapassou os 39,5%, tendo constituído 79,7% da produção de queijo não biológico.
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