O Governo anunciou ontem, 7 de Junho, que aprovou o arranque da construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato, Alto Alentejo. Uma medida pedida há décadas pelos agricultores da região, mas a Quercus alerta para os “impactos ambientais negativos e elevados” da construção da barragem e receia “o alastramento descontrolado das culturas super-intensivas de regadio”.
O empreendimento de aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Crato, deverá estar concluído em 2027 e destina-se à produção eléctrica, abastecimento de água e rega. Um investimento de 168 milhões de euros.
Em comunicado, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza diz que “não pode deixar de alertar, desde já, com base no conhecimento e trabalho que tem na área abrangida, para os impactes ambientais negativos e elevados que a construção” da barragem “provavelmente terá”.
Culturas super-intensivas
Aqueles ambientalistas exigem que seja “realizada uma avaliação de impacte ambiental séria, exigente e credível que possa efectivamente dar a conhecer em detalhe aos cidadãos e aos organismos públicos e privados a verdadeira magnitude do impacte do projecto”.
“A Quercus não pode deixar de advertir, mais uma vez, nesta altura, para os impactes ambientais negativos que o alastramento descontrolado das culturas super-intensivas de regadio tem vindo a provocar em todo o Alentejo”, acrescenta o mesmo comunicado.
Segundo os ambientalistas, culturas super-intensivas essas que, “provavelmente, aumentarão caso a Barragem do Pisão seja construída”
Agricultura e Mar Actual