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Quer saber se está contaminado com glifosato? Entregue a sua urina à Plataforma Transgénicos Fora

O glifosato é o pesticida sintético mais usado em Portugal e no Mundo. No nosso País é vendido sob vários nomes: Roundup, Spasor, Tornado, Montana, Touchdown, etc). Mas, várias organizações ambientalistas garantem que o glifosato causa cancro em animais de laboratório e, tudo indica, em humanos também.

Quer saber se está contaminado? A Plataforma Transgénicos Fora está a organizar, até 21 de Julho de 2018, a recolha e envio para um laboratório na Alemanha de amostras de urina dos portugueses interessados em saber o seu nível de contaminação.

Cada análise tem o custo de 78,20 euros. Estes resultados “irão mostrar quanta contaminação existe de facto em Portugal e permitir exigir junto de autarquias e governo que o uso de glifosato seja drasticamente reduzido e progressivamente substituído por alternativas que não prejudiquem a saúde dos habitantes e o ambiente de todos”, referem os responsáveis por aquela Plataforma em comunicado.

Plataforma diz que há “muitos contaminados”

Durante décadas “pensou-se que o glifosato desaparecia rapidamente após aplicação e portanto não estava presente na água nem na comida. Acontece que, nos últimos anos, começaram a ser feitas análises a voluntários de diferentes países europeus e verificou-se que muitos estavam contaminados por glifosato”, diz o mesmo comunicado.

E adianta que, “infelizmente, em Portugal, as únicas análises disponíveis (realizadas em 2016) apontam para valores dezenas de vezes acima da média europeia”.

“Ninguém sabe porque é que estamos tão contaminados, e não parece haver pressa em saber: as câmaras e juntas de freguesia continuam a pulverizar ruas e parques com glifosato mesmo sabendo que estão a expor a população, as empresas de águas ignoram as recomendações e não testam a água, os hipermercados vendem glifosato livremente, os Ministérios da Agricultura e do Ambiente não preparam alternativas para os agricultores”, salientam aqueles activistas.

Glifosato à beira da proibição

Se fizer a análise através desta iniciativa, a Plataforma Transgénicos Fora envia, junto com o resultado, uma explicação simples do seu significado, uma comparação (anónima) com os resultados dos outros participantes e algumas sugestões para acelerar a descontaminação do seu organismo (e da sua família).

“Daqui a uns anos o glifosato vai acabar por ser oficialmente proibido (já poucos duvidam disso) mas até lá temos de ser nós, os cidadãos, a tomar a iniciativa. Cada análise que for feita vai ajudar a Plataforma a defender um Portugal livre de glifosato e também será usada (com autorização, claro) para o primeiro estudo científico sobre este silencioso problema de saúde pública no País”, diz ainda o comunicado.

Vai participar? Leia o folheto sobre o tema (aqui) e inscreva-se aqui.

Se tiver dúvidas contacte a Plataforma Transgénicos Fora através do email info@stopogm.net.

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2 comentários

  1. Quem é que faz as análises? O que é que é “um laboratório na Alemanha”? O laboratório é certificado para deteção do glifosato? O glifosato é metabolizado rapidamente pelos organismos vivos. Também se vão quantificar os produtos da sua degradação? Como vão ser apresentados os resultados? Os produtos de degradação do glifosato são confundiveis com outros metabolitos…

    Podendo até ser verdade a existênia de contaminação, como acreditar em “várias organizações ambientalistas garantem que o glifosato causa cancro”? Como é que foi feita, por estas organizações, esta avaliação? Porque é que os serviços de saúde não a referem? Que tipo de cancro estão a falar? Como obtiveram os dados? Porque é que a esperança média de vida das pessoas dos países que usam glifosato continua a aumentar apesar desta e de outras “armas de produção de cancro massissas?”

    Tudo isto não passa de uma manipulação, para tentar ganhar credibilidde e para assustar as pessoas. Só memso ativistas “de sofá e internet” é que se podem dar a estes luxos. Se estivessem no campo, a produzir para os outros e para garantir o sustento das suas famílias por certo que agiriam de outra forma.

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