A Direcção Regional de Agricultura e Pesca do Algarve (DRAP Algarve) informa que foi recentemente assinalada a presença da psila africana Trioza erytreae Del Guercio no Algarve, na freguesia do Rogil, concelho de Aljezur.
“Atentas a esta nova problemática para a citricultura regional”, a DRAP Algarve, em articulação com a DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, realizaram ontem, dia 29 de Setembro, uma largada do parasitóide Tamarixia dryi naquela região.
Esta espécie de parasitóide, específico para esta praga, utilizado já noutros locais do País, onde esta praga tem vindo a ser assinalada, “tem revelado elevadas taxas de parasitismo, sendo considerado como um potencial organismo na aplicação da luta biológica contra esta importante praga da cultura dos citrinos”, refere uma nota de imprensa da DRAP Algarve.
Luta biológica contra o insecto
E acrescenta que o programa nacional de luta biológica contra o insecto Trioza erytreae, “com aposta reforçada do Ministério da Agricultura em alternativas inovadoras e sustentáveis para o controlo de pragas de quarentena, tem vindo a decorrer desde Outubro de 2019, em coordenação com os serviços fitossanitários espanhóis (que fornecem o parasitóide), visto que a praga também foi identificada na Galiza e nas Canárias.
A DRAP Algarve reforça a importância desta acção para a citricultura algarvia, “a maior e mais importante área de produção citrícola do País, por forma a obstaculizar o avanço deste insecto que para além de ser praga de quarentena é também um vector da doença do greening dos citrinos (HLB)”.
A Trioza erytreae, além de provocar estragos directos e significativos nos citrinos, é vector da doença denominada Huanglongbing (ou Citrus greening), considerada como a mais grave a nível mundial para estas espécies vegetais, causada pela bactéria Candidatus liberibacter, cuja entrada no território europeu se pretende evitar.
Agricultura e Mar Actual