A protecção das plantas vai estar em destaque nos dias 26 e 27 de Outubro, na Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS). Nos dois dias vão ter lugar o 2º Simpósio SCAP de Protecção das Plantas, o 8º Congresso da Sociedade Portuguesa de Fitopatologia e o 11º Encontro Nacional de Protecção Integrada. Um evento organizado pela Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal (SCAP), a Sociedade Portuguesa de Ditopatologia (SPF), o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) e a ESAS.
Este encontro, inter-disciplinar, juntará investigadores, técnicos, produtores, industriais do sector, jovens estudantes e todos os que se interessam pela área da protecção das plantas, e será “um local privilegiado para reflectir e discutir medidas que conciliem o aumento da produção sustentável, agrícola e florestal, com os desafios que se avizinham”, garante a organização.
Segundo aqueles responsáveis, a Europa tem vindo a “adoptar legislação rigorosa no que respeita ao registo e uso de pesticidas, abrindo caminho para a necessidade de desenvolver novos sistemas de protecção de culturas menos dependentes da luta química, assentes na Protecção Integrada e na Agricultura Biológica. Acresce que a Protecção das Plantas na Europa 2030-2050 será ainda mais exigente, num quadro de alterações climáticas, de crescimento demográfico, de crise energética e de muitos outros desafios sociais”.
Dizem ainda a organização do evento que “a necessidade de produzir de forma sustentável mais e melhores alimentos e fibras, com redução de inputs e de desperdício, num cenário de globalização e de muito provável aumento da incidência dos inimigos das culturas, coloca desafios que exigem um investimento crescente no conhecimento, tecnologia e inovação”.
Conhecimento aplicado
Com este evento, a organização pretende aliar o conhecimento fundamental em áreas tão diversificadas como a genética, genómica, biologia molecular, fisiologia, micologia, bacteriologia, virologia, nematologia, herbologia, entomologia, acarologia, ecologia e epidemiologia, com o conhecimento aplicado no âmbito da prospecção, detecção, desenvolvimento de modelos de previsão dos inimigos das culturas, a par da inovação ao nível dos meios de luta que combinem práticas culturais, promoção da biodiversidade, novos pesticidas, biológicos ou outros, materiais e técnicas de aplicação inovadores, técnicas da agricultura e silvicultura de precisão e tecnologias de informação e comunicação (TIC), entre outros.
“Ao reunir um número tão alargado de especialistas, na área da protecção das plantas, é nossa convicção de que o caminho se fará numa base conjunta de discussão de ideias que possibilitem o aumento sustentável da produção agrícola e florestal, com redução do uso de pesticidas, contribuindo para a competitividade da economia, a conservação dos recursos e a segurança dos produtos agrícolas e florestais”, realçam os organizadores.
Mais informações, entrega de comunicações e inscrições, aqui.
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