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Projecto europeu de 3,1 M€ liderado pelo Politécnico da Guarda lança 10 desafios para acelerar economia azul

“Tornar as operações de pesca mais eficientes e optimizadas”, “Reduzir a poluição marítima por plástico” ou “Desenvolver mecanismos de base tecnológica para melhorar a segurança dos actuais processos de embarque e desembarque” são três dos dez desafios aos diferentes sectores da Economia Azul que o ADT4Blue – consórcio europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG) – lançou para estimular a capacidade de inovação de estudantes, investigadores, antigos alunos e novos empreendedores de Espanha, França, Irlanda e Portugal.

Estes desafios foram lançados a 24 de Setembro no site do ADT4Blue na sequência da reunião que o consórcio realizou nos dias 17, 18 e 19 em Zarautz, no País Basco, Espanha, e na qual o Politécnico da Guarda esteve representado por André Garcia de Sá e por Pedro Fonseca, docentes e investigadores do IPG.

Os desafios dividem-se por cinco áreas: Aquicultura e Pesca; Comunicações; Transporte Marítimo; Monitorização dos Oceanos, Conservação e Protecção dos Ecossistemas Marinhos; e Actividades Portuárias, refere uma nota de imprensa do Politécnico da Guarda.

3 três open calls

Esta Open Call será o primeiro de três programas de aceleração previstos no projecto ADT4Blue, que é co-financiado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros. As três open calls visam “capacitar iniciativas empreendedoras com base em tecnologias digitais avançadas para responderem aos desafios mais urgentes enfrentados pela economia azul”, acrescenta a mesma nota.

Será promovida a constituição de equipas multidisciplinares que receberão formação avançada ao nível de empreendedorismo e de tecnologias digitais e beneficiarão de um programa de mentoria personalizado. As open calls seguintes serão lançadas ao longo de 2025.

Segundo o presidente do Politécnico da Guarda, Joaquim Brigas, o objectivo deste projecto é promover um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta. “Essa sustentabilidade tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as actividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases de efeito de estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água”.

“Sustentabilidade tem de passar pela investigação académica”

A partir de 18 de Outubro e até 18 de Dezembro, os estudantes e empreendedores dos quatro países vão poder apresentar ideias que tornem os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial, a tecnologia Blockchain ou a Internet das Coisas. Depois um painel de avaliadores independente apurará quais são as melhores soluções apresentadas para os desafios em causa e convidará os seus autores para um programa de aceleração – todo ele online e em inglês – que os irá apoiar na tentativa de transformar essas ideias em negócios.

Já no próximo dia 10 de Outubro terá lugar o primeiro evento de “Matchmaking” que visa promover a constituição de equipas para concorrerem à primeira open call (inscrições aqui).

A intervenção do Politécnico da Guarda nesse programa de aceleração passará, sobretudo, por módulos de apoio ministrados por docentes do IPG nas áreas da Inteligência Artificial, Ciência de Dados, Blockchain, Gestão e Engenharia do Ambiente. O ADT4Blue é um projecto de mais de 3,1 milhões de euros que junta associações, empresas, centros de investigação e instituições de ensino superior de Portugal, Espanha, França e Irlanda (ver site em anexo).

O objectivo é incentivar o trabalho inter-regional de equipas multidisciplinares para estimular o potencial da economia azul nas suas variadas vertentes: logística, turismo, construção e reparação naval, pescas, aquicultura e energias renováveis.

O ADT4Blue reúne um consórcio de 13 parceiros, dos quais quatro são portugueses: o Politécnico da Guarda, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro.

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