A Amorim Cork Composites, unidade de aglomerados compósitos da Corticeira Amorim, encomendou à EY três estudos de Pegada de Carbono e Avaliação do Ciclo de Vida que concluíram sem qualquer excepção que o balanço de carbono de todos os produtos analisados é negativo quando considerado o sequestro da floresta do montado.
Os estudos, que avaliaram, então, os impactos ambientais causados pela gestão florestal, transporte de matérias-primas e produção, concluíram que o Top Layer NRT 94 permite um sequestro de carbono até -39kg de CO2/m2, o Underlay Fusion permite um sequestro até -14,2kg CO2/m2, e o Footcork Evolution permite um sequestro até -8,4kg CO2/m2.
Considerada a unidade mais tecnológica da Corticeira Amorim, a empresa, que adopta também os princípios da economia circular, desenvolve soluções inovadoras para algumas das indústrias mais exigentes como a aeroespacial, automóvel, construção, energia, desporto e bens de consumo
Considerada a empresa mais tecnológica da Corticeira Amorim, a Amorim Cork Composites, que desenvolve soluções inovadoras para indústrias exigentes como a aeroespacial, automóvel, construção, energia, mobiliário, calçado, desportiva e de bens consumo, considerou para esta análise de ciclo de vida alguns dos produtos mais representativos das suas actividades.
O Top Layer NRT 94 é um componente composto maioritariamente por cortiça de alta densidade destinado à industria de pavimentos, o Underlay Fusion, igualmente fadado para a área de pavimentos, é um produto aplicado entre a superfície de betão e o pavimento final com o objectivo de melhorar o conforto térmico e o isolamento acústico das habitações, por seu turno o Footcork Evolution é um material destinado a aplicações da indústria do calçado. Tanto o Underlay Fusion como o Footcork Evolution são materiais compostos por cortiça, mas integram na sua formulação subprodutos de outras indústrias que seriam habitualmente descartados e colocados em aterros.
Economia circular
Ao incorporar estes materiais de economia circular, a Amorim Cork Composites contribui para a diminuição do seu impacto ambiental, dando paralelamente uma segunda vida a produtos em fim de vida. “Na verdade, sendo a cortiça um material que promove sinergias com outras matérias-primas e subprodutos, sempre que possível são utilizados como matéria-prima materiais reciclados de outras indústrias. De resto, máxima que presidiu à criação da própria empresa em 1963: valorizar os subprodutos da produção de rolhas de cortiça”, refere uma nota de imprensa da Corticeira Amorim.
E acrescenta a mesma nota que os resultados fornecem informação relevante sobre a contribuição ambiental dos produtos de cortiça e colocam em evidência o enorme valor do montado em matéria de sustentabilidade. De destacar que estes estudos fazem parte do “esforço contínuo da Corticeira Amorim em aprofundar o enorme contributo do montado e de toda a fileira da cortiça através de mais investigação sobre a matéria, disponibilizando acesso aos mais de 27.000 clientes nacionais e internacionais informação quantificável sobre como reduzir a própria pegada de carbono dos seus produtos, ampliando os esforços conjuntos na resposta às alterações climáticas”.
A avaliação de ciclo de vida, levada a cabo durante os anos de 2019 e 2020, baseou-se numa abordagem cradle-to-gate, comtemplando assim todos os impactos ambientais até à porta da fábrica. A avaliação incluiu ainda informações adicionais sobre o sequestro de carbono da floresta de sobreiro.
A metodologia dos estudos da EY teve por base as normas ISO 14040/44 (ISO, 2006), complementadas com as directrizes do Handbook – General Guide for Life Cycle Assessment – Detailed guidance (EC-JRC, 2010), e do International Reference Life Cycle Data System (ILCD).
Os dados associados à produção foram fornecidos pela Amorim Cork Composites, ao passo que os processos gerais de produção associados à produção das matérias-primas, energia, transporte e gestão de resíduos foram obtidos na base de dados ecoinvent 3.5 (Werner, et al., 2016).
Agricultura e Mar Actual