A COPA – Confederação Geral das Cooperativas Agrárias Europeias e o Cogeca – Comité das Organizações Profissionais Agrárias estão contra a abertura ao livre comércio com o Mercosul, o bloco comercial na América Latina. E alertam para o facto do rendimento médio anual dos produtores europeus de carne de bovino ser de apenas 14 mil euros.
A COPA-Cogeca, que reuniu esta semana com funcionários da Comissão Europeia, garante que o comércio livre com o Mercosul “teria um efeito catastrófico sobre o sector agrícola da UE, especialmente na carne de bovino”.
Durante a reunião com o gabinete do Comissário Hogan e da Comissária Malmström, Jean-Pierre Fleury, o presidente do grupo de trabalho “Carne Bovina” da Copa-Cogeca, disse que “há sérios problemas no mercado europeu de carne de bovino, o sector é extremamente frágil. A produção de animais da espécie bovina é a única fonte de rendimento para os produtores especializados de gado, para os quais não existe outra fonte de rendimento”.
Jean-Pierre Fleury adiantou que os rendimentos agrícolas europeus caíram quase para metade e que o rendimento dos produtores de bovinos, em particular, são muito baixos, de cerca de 14 mil euros anuais”. “É por isso que precisamos de um instrumento que permita controlar de perto a actual situação e as novas tendências”, acrescentou aquele responsável à Comissão Europeia, explicando que esse instrumento deveria tomar a forma dum observatório europeu do mercado da carne de bovino e reunir-se regularmente.
Para Jean-Pierre Fleury é também “necessário ter uma estratégia de dinamismo das exportações, especialmente num momento em que alguns dos nossos principais parceiros comerciais mantém as suas barreiras, com a participação do Banco Europeu de Investimento”. Aquele responsável transmitiu ainda que houve, igualmente, “poucos avanços no que diz respeito à abertura completa dos mercados não europeus às exportações de carne de bovino que qualidade da União Europeia”.
Agricultura e Mar Actual