Os produtores portugueses de cereais congratulam-se com a aprovação da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais pelo Governo. E fizeram questão de dar a conhecer o seu sentimento em comunicado conjunto da ANPOC — Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais, ANPROMIS — Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo e AOP – Associação dos Orizicultores de Portugal.
Foi ontem aprovada, através de uma Resolução do Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais. O objectivo da Estratégia é atingir, num horizonte de 5 anos, um grau de auto-aprovisionamento em cereais de 38%, correspondendo 80% ao arroz, 50% ao milho e 20% aos cereais praganosos (aveia, cevada, trigo e triticale).
“Numa altura em que o nosso País tem um grau de auto-aprovisionamento de cereais dos mais baixos da Europa e que o sector dos cereais atravessa uma das suas crises mais sérias de sempre, fruto dos baixos preços pagos à produção, esta iniciativa do Governo, constituiu para nós produtores de cereais um sinal de alento para enfrentarmos a responsabilidade que nos cabe – aumentarmos o grau de auto-aprovisionamento de cereais do nosso País”, diz o comunicado.
Marca “Cereais de Portugal”
De entre as 20 medidas identificadas neste documento, os agricultores destacam algumas das que julgam “mais emblemáticas”: a criação da marca “Cereais de Portugal”; a constituição de uma Organização Inter-profissional e de uma Agenda de Inovação para o sector e a promoção da capacitação técnica das Organizações de Produtores de cereais, com vista a aumentar a transferência de conhecimento para os agricultores.
Apesar de “termos consciência do árduo trabalho que ainda temos pela frente, sentimos-nos com uma força acrescida para continuarmos a colaborar com o Ministério da Agricultura na implementação desta Estratégia, em prol da necessária competitividade técnica e económica dos produtores de cereais em Portugal”, realçam os produtores.
Agricultura e Mar Actual