A Olivum — Associação de Olivicultores do Sul, CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Confagri — Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e a Casa do Azeite selaram um acordo para a suspensão voluntária e temporária da colheita nocturna mecanizada de azeitona com efeitos imediatos.
“O reconhecimento por parte das associações signatárias da necessidade desta recomendação prende-se com o potencial risco de impacto negativo na avifauna presente no olival”, refere um comunicado conjunto daquelas entidades.
As quatro associações consideram importante o aprofundamento de um estudo científico que permita conhecer com rigor e de forma detalhada os impactos da colheita nocturna, bem como identificar as medidas e recomendações de salvaguarda da avifauna.
“O sector é o principal interessado em garantir a preservação dos ecossistemas locais e a salutar convivência entre agricultura e meio ambiente, uma vez que ambos coexistem de forma indissociável”, salienta Gonçalo Almeida Simões, director executivo da Olivum.
Grande diversidade de aves
Os resultados preliminares do primeiro e único estudo realizado (campanha 2019/2020), que ocorreu nas explorações cedidas voluntariamente pelos olivicultores, indicam uma grande diversidade de aves, confirmando a biodiversidade existente no olival.
Ainda assim, o estudo não permitiu o mapeamento da avifauna nos olivais e territórios envolventes e revelou que os métodos de espantamento básicos utilizados se mostraram ineficazes para afugentar as espécies que escolhem as oliveiras como habitat.
Os signatários deste acordo entendem ser necessário aprofundar tecnologias inovadoras de espantamento das espécies do olival, com o objectivo de conciliar práticas agrícolas com a presença nocturna de aves.
“A Olivum sublinha a necessidade de extrema ponderação e reflexão sobre o tema sob pena de poder vir a ser colocada em causa a competitividade do azeite português no mercado internacional e a garantia da excelente qualidade do azeite produzido em Portugal, nomeadamente do azeite virgem extra”, afirma o director executivo da Olivum.
O sector da produção de azeite tem-se revelado de grande relevância para a economia nacional, nomeadamente através da sua vertente exportadora, resistindo à crise provocada pela Covid-19 sem recurso a despedimentos ou lay-off.
Agricultura e Mar Actual
Gostava de que mostrassem evidência de casos concretos onde acontece essa propalada matança de avifauna durante a apanha nocturna de azeitona em olivais super-intensivo.
Nunca tal vi no olival que possuo. Basta pensar no barulho e nas luzes das máquinas de colheita para minimamente ter algum bom senso e não ceder a pressões de grupos políticos ou de pessoas que querem brilhar à custa dos outros ou pura e simplesmente de ignorantes.
Agora que, apesar de produzirmos menos que Espanha, Itália ou Tunísia (onde esta falácia da matança da avifauna se interpreta como aquilo que é, uma estupidez), começámos a ser reconhecidos como tendo dos melhores azeites a nível mundial, aparecem estas campanhas que me atrevo a pensar serem mesmo para deitar abaixo esse renome que estamos a ter.
Por favor, antes de retransmitirem atoardas, certifiquem-se e estudem as matérias que vos impingem para publicar ou para que um qualquer político se evidencie, mesmo não percebendo nada do assunto.
Porque é que não assistem a uma colheita nocturna num olival super-intensivo e assim verificarem essa matança de aves?
Campanhas destas apenas favorecem outros que não os portugueses.
Cps
J. Reis