AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”, revela que, exceptuando algumas sub-regiões da região dos Vinhos Verdes e da região da Beira Interior, registaram-se aumentos de produtividade em todas as regiões, o que conduziu a uma produção de 7,4 milhões de hectolitros de vinho, a mais elevada desde 2001.
“De um modo geral, os vinhos apresentaram estrutura complexa e equilíbrio entre o teor alcoólico, a acidez e os taninos”, realçam os técnicos do INE.
Refere o mesmo documento que “a dispersão geográfica da vinha, aliada às especificidades edafoclimáticas das regiões vitícolas e às características das castas aí instaladas, prolongou a realização das vindimas, que decorreram desde a primeira quinzena de Agosto e até à primeira de Outubro”.
“Após uma floração e alimpa sem incidentes de registo, o desenvolvimento e maturação dos bagos foi heterogéneo, em particular nas vinhas de sequeiro mais expostas às temperaturas extremas de agostou e ao prolongado estio, com frequentes situações de estagnação dos níveis de açúcar em valores relativamente baixos”, refere ainda as “Estatísticas Agrícolas – 2023”do INE.
E adiantam que, “e termos fitopatológicos, registo para alguns ataques de míldio e oídio, mais intensos na região dos Vinhos Verdes e em certas zonas do Centro, bem como ocorrências de podridão cinzenta no Norte e Centro (potenciada pela ocorrência de precipitação em Setembro), e de traça da uva e cigarrinha verde nas regiões do Ribatejo e Alentejo, esta última de combate particularmente difícil após a retirada de algumas substâncias activas do mercado”.
Já na uva de mesa, a colheita das variedades mais tardias terminou em meados de Outubro, com “grande pressão de alguns incidentes fitossanitários (principalmente cigarrinha verde e oídio). A produção deverá aumentar 10%, face a 2022, ficando ainda aquém da média do último quinquénio (-4%)”.
Pode ler as “Estatísticas Agrícolas – 2023” do INE aqui.
Agricultura e Mar
