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Produção de leite nos Açores estabilizou nos 50 milhões de litros em Janeiro

A produção global de leite nos Açores praticamente estabilizou nos 50 milhões de litros, comparando a produção de Janeiro de 2019 com igual período de 2018, anunciou hoje, 10 de Março, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

De destacar que, em Janeiro de 2018, se tinha registado um aumento da produção de dois milhões de litros de leite, ou seja, cerca de 4%, face ao período homólogo de 2017.

Maior redução nas Flores, Pico e Faial

Flores (-26%), Pico (-17%), Faial (-3%) e Terceira (-3%) foram as ilhas onde ocorreram as maiores reduções da produção em Janeiro de 2019, comparando com Janeiro de 2018, em contraponto com São Jorge (+7%), São Miguel (+1,3%) e Graciosa (+0,48%), onde se registaram crescimentos na produção.

“A produção de leite na Região está bem estruturada e tem evoluído sem paralelo, quer em quantidade, quer em qualidade, daí que, nos últimos quatro anos, apesar dos limites impostos à produção por algumas indústrias, houve um crescimento de 14%, enquanto a produtividade média, no mesmo período, aumentou 18%”, salienta uma nota de imprensa da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

Estes “bons indicadores são o resultado do esforço e da experiência acumulada dos produtores de leite, dos investimentos que têm sido feitos na modernização das explorações, da aposta no bem-estar animal e na melhoria genética, e das boas condições naturais”, acrescenta a mesma nota.

Rentabilidade da Cooperativa Leite Montanha em causa

O secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, já alertou para o facto da redução da produção de leite numa ilha como o Pico, por exemplo, pôr em causa a rentabilidade da produção de queijo e de manteiga da Cooperativa Leite Montanha, bem como a sua viabilidade económica, já que, em seis anos, a Cooperativa perdeu 2,5 milhões de litros de leite.

Para o Executivo Regional, “os Açores têm condições excepcionais para a produção de leite natural de grande qualidade, em virtude de terem oportunidade para que o pastoreio das vacas ocorra 365 dias por ano nas pastagens”.

Pelo que, as indústrias de lacticínios “têm o grande desafio de aproveitarem e transformarem esta vantagem competitiva para aumentarem a sua rentabilidade, apostando na inovação, em novos mercados, no lançamento de produtos que respondam à procura dos consumidores e que tragam maior valor acrescentado”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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