A produção global de cereais praganosos deverá ficar próxima das 209 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 8% face à campanha de 2017, dizem as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Julho.
Este aumento é suportado exclusivamente pela subida da produtividade média, positivamente influenciada pelas condições climatéricas, em particular pela ocorrência de precipitação em fases decisivas (após a adubação de cobertura e no enchimento do grão).
A ceifa/debulha dos cereais praganosos — trigo mole, trigo duro, centeio, cevada, aveia, triticale — continua a decorrer sem incidentes, estando praticamente concluída a Sul do Tejo, adiantam os técnicos do INE.
Destaque positivo para a cevada
Em termos qualitativos, os técnicos do INE realçam o destaque positivo para a cevada, com produções de qualidade superior em termos de teor proteico (entre 9,5% e 12%, valores adequados ao processo industrial de transformação em malte), peso específico e calibre. Em contrapartida, os trigos duros ficaram muito aquém do esperado devido à ocorrência de chuvas no final do ciclo.
Cereais de Outono/Inverno
As previsões agrícolas do INE apontam para um aumento global da produção de cereais de Outono/Inverno (mais 8% face a 2017), consequência das condições climatéricas favoráveis.
Nas culturas de Primavera/Verão, os técnicos do INE perspectivam um aumento da área de milho para grão (+5%), que deverá fixar-se nos 90 mil hectares, situação que já não acontecia desde 2015.
Agricultura e Mar Actual