AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A produção de carne de suíno atingiu 356 mil toneladas em 2023, um decréscimo de 3,6%, com um volume de abate inferior em todas as categorias, face a 2022: “leitões” (-6,4%), “porcos de engorda” (-3,2%) e “reprodutores de refugo” (-21,3%).
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas “Estatísticas Agrícolas – 2023”, publicadas hoje, 23 de Julho, em 2023 registaram-se preços elevados ao produtor (+23,5%), que foram de +57,4% no primeiro, +24,5% no segundo, +15,6% no terceiro e +3,1% no quarto trimestres do ano.
“Esta situação contribuiu para um menor abate das porcas de refugo, uma vez que com preços altos a tendência foi de conservar as porcas para manter ou mesmo aumentar o nível de produção. Por outro lado, em relação aos abates em geral, os matadouros tiveram grandes dificuldades em repercutir o aumento de preços pagos à produção no valor da carne vendida, pelo que tiveram sempre pouco interesse em abater”, realçam os técnicos do INE.
Assim, adiantam, “o volume de suínos vivos exportados aumentou 23,2%, face a 2022, sendo de salientar que Espanha teve uma diminuição de produção devido a problemas sanitários derivados da doença de Pierce, aumentando a procura de porcos vivos em Portugal”.
“As saídas de carne de porco, que apresentaram um decréscimo de 6,8%, devido à redução para países terceiros (nomeadamente para a China e para Angola) registaram para a UE [União Europeia] (especialmente para Espanha) um aumento. As importações de suínos vivos viram o seu volume aumentar 6,0%, tendo, pelo contrário, o volume de carne importada decrescido cerca de 3%”, acrescentam as “Estatísticas Agrícolas – 2023”.
Pode ler as “Estatísticas Agrícolas – 2023” do INE aqui.
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