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Germinação das sementes de tremoço doce na fábrica a CEV

ProBlad. Já conhece o novo biofungicida 100% português derivado do tremoço?

O ProBlad é o novo biofungicida 100% português derivado do tremoço que em finais de Dezembro obteve autorização em culturas-chave da agricultura nacional. O produto está autorizado em Agricultura Biológica. E já é exportado para diversos países, entre os quais EUA, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, China, Ruanda, Maurícias, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.

Desenvolvido por investigadores portugueses a partir do tremoço, está autorizado em Portugal para ajudar a prevenir as principais doenças fúngicas que afectam a videira (podridão-cinzenta-dos cachos e oídio), os pomares de frutos de caroço (moniliose), os arrozais (piriculariose), o tomateiro, a beringela e o morangueiro (podridão-cinzenta e oídio).

O ProBlad é um novo conceito de fungicida natural à base de uma proteína obtida do extracto aquoso de sementes germinadas de tremoço doce (Lupinus albus), desenvolvido e patenteado pela CEV e comercializado em Portugal pela Lusosem, ambas pequenas e médias empresas (PME) portuguesas.

Esta nova solução natural e 100% portuguesa “é totalmente segura para os aplicadores e para o meio ambiente e não deixa resíduos nos produtos agrícolas. Tem um intervalo de segurança de zero dias e um intervalo de reentrada em campo de zero horas. Os agricultores podem aplicar o ProBlad até à fase final do ciclo das culturas, sem risco de contaminação dos alimentos”, garantem as duas empresas. Por isso, produto está autorizado em Agricultura Biológica.

O que torna este biofungicida único é o facto de conter uma proteína como substância activa — um polipeptídeo de 20 kDa de ocorrência natural formado durante o processo de germinação de tremoços doces (Lupinus albus) e que é extraído com água das sementes germinadas —, o que lhe confere eficácia estável, não condicionada pelas condições climáticas em campo, e rápida biodegradação no solo.

O novo biofungicida tem um novo modo de acção multi-sítio, actuando ao nível da parede e membrana celular dos fungos e no interior da célula bloqueia o metabolismo através da inactivação de múltiplas enzimas. É um produto de contacto, mas também apresenta actividade translaminar, penetrando no interior dos tecidos vegetais. Integrado num programa de protecção de culturas, em alternância com outros modos de acção, diminui fortemente a probabilidade de desenvolvimento de resistências por parte dos fungos.

Biofungicidas Blad

Os biofungicidas Blad são produzidos em uma formulação líquida, contendo 250 g de ingrediente activo Blad por litro, usado para o controle ou supressão de muitas doenças importantes das culturas. Os únicos outros ingredientes inertes, intencionalmente adicionados, são a água necessária para a germinação das sementes e extracção do Blad e outros inertes isentos do requisito de tolerância.

O CEV produz 3 biofungicidas diferentes:

  • ProBlad – O primeiro biofuncida ProBlad desenvolvido pela CEV e comumente utilizado em todo o Mundo;
  • ProBlad Verde – Uma formulação ligeiramente diferente projectada especificamente para os EUA para estar em conformidade com o Programa Orgânico Nacional dos EUA (NOP) e também listada no Instituto de Revisão de Materiais Orgânicos (OMRI);
  • Baneco – Uma formulação ligeiramente diferente, desenvolvida especificamente para o tratamento pós-colheita da podridão-da-colheita da banana.

Os biofungicidas BLAD podem ser aplicados como pulverização foliar isoladamente ou em misturas de tanque com outros pesticidas registrados com equipamentos de pulverização comumente usados.

A eficácia, a natureza biológica, o espectro de actividade, a compatibilidade e o novo modo de acção dos biofungicidas Blad tornam-no “um parceiro ideal para mistura em tanque ou parceiro rotativo em um programa de gerenciamento de doenças”, refere a CEV.

“É com enorme entusiamo que integramos o ProBlad na nossa gama de soluções para protecção das culturas, convictos de que ajudará os agricultores a responder às exigências de qualidade e de segurança alimentar. A nossa paixão e dedicação ao tremoço é conhecida, bem como o nosso compromisso com a inovação, visando criar valor no mercado agrícola nacional”, afirma Filipa Setas, responsável de desenvolvimento e marketing da Lusosem.

Por sua vez, Hugo Batista, CEO da CEV, afirma que “estamos muito optimistas com o lançamento do ProBlad em Portugal, porque o nosso produto tem uma eficácia semelhante aos dos fungicidas químicos de síntese e, sendo um produto biológico, com excelente perfil de segurança para os utilizadores e o meio ambiente, pode ser integrado num programa de protecção de culturas, substituindo 2 ou 3 aplicações de fungicidas convencionais, ajudando a reduzir o nível de resíduos nos alimentos e a probabilidade de desenvolvimento de resistência por parte dos fungos”.

Tremoço doce produzido em Portugal

Depois deste longo processo, normal no sector, de aprovação do produto, uma das ambições da CEV é fabricar o biofungicida a partir de tremoço doce (Lupinus albus) produzido em Portugal e, para tal, tem em curso um projecto-piloto de 200 hectares, para testar a viabilidade agronómica e a produtividade do Lupinus albus em território nacional, diminuindo ainda mais a sua pegada ecológica por evitar as importações do mesmo.

A investigação do ProBlad iniciou-se nos laboratórios do Instituto Superior de Agronomia, há mais de duas décadas, e o produto é agora fabricado na unidade industrial da CEV, em Cantanhede, e daí exportado para diversos países, entre os quais EUA, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, China, Ruanda, Maurícias, Uganda, Zâmbia e Zimbabué. Nos próximos cinco anos, o produto poderá estar à venda em mais de 30 países, 18 dos quais na Europa.

Saiba mais sobre o biofungicida ProBlad aqui.

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