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Presidente da República condecora CAP como Membro Honorário da Ordem de Mérito Empresarial

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta terça-feira, 26 de Novembro, a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal como Membro Honorário da Ordem de Mérito Empresarial, na vertente Agrícola.

“A CAP é um parceiro social para o nosso futuro colectivo. [Os seus fundadores] percorreram caminhos penosos para ultrapassar tradições corporativas e rejeições difíceis, até ganharem espaço vital e, mais tarde, espaço negocial e estratégico. Este já longo passado de 44 anos foi vivido, desde o início, sempre contra o vento e, muitas das vezes, no meio das condições mais adversas. É-lhe, por isso, devido um gesto de gratidão nacional. Gesto que hoje assumo condecorando a CAP com o título de membro honorário da Ordem de Mérito Empresarial, na vertente Agrícola”, anunciou Marcelo Rebelo de Sousa, no final do discurso que proferiu no encerramento do Conselho de Presidentes da CAP, que decorreu esta segunda e terça-feira, para comemorar o 44.º aniversário da Confederação, nascida a 25 de Novembro de 1975.

Distinção surpresa

Esta distinção, que constituiu uma surpresa para os dirigentes da CAP (pois não era conhecida a intenção do Presidente), foi o momento alto do evento que acolheu, em Tomar, mais de 300 dirigentes associativos da CAP, num fórum de reflexão sobre a Agricultura Portuguesa e os seus desafios para o futuro.

O Presidente da República, afirmou que, nesta década, “a agricultura mudou muito e para melhor” e aproveitou para “dizer uma evidência: independentemente das razões de conjuntura que, em cada momento, condicionam ou aconselham uma arrumação de pelouros diversa, não há uma Política Agrária global que não envolva a Agricultura, as Florestas e o Desenvolvimento Rural”.

Agricultura, um sector “vital”

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que não se pode “minimizar” a agricultura, um sector “vital”, muito importante para as exportações e para a economia portuguesa. Por isso, num contexto em que “há quem viva nas cidades que nada perceba do campo e da sua realidade”, aquilo “que dela se diz, às vezes, é a espuma dos dias, é a visão imediatista”.

Como tal, referiu, “a única forma de reagir é forma como os agricultores tradicionalmente reagem: com paciência, resistência e sabedoria ancestral”. O Presidente da República também vincou a importância da Concertação Social e do papel que a CAP nela tem.

Conselho de Presidentes

Marcelo Rebelo de Sousa encerrou assim este Conselho de Presidentes, um evento que aconteceu pela oitava vez na história da CAP e que celebrou o passado de 44 anos da organização e o papel fundamental dos Agricultores na luta e consolidação da democracia portuguesa.

Ao longo destes dois dias, foi apresentado o extenso trabalho que a Confederação tem desenvolvido nas suas diversas vertentes, incluindo as dezenas de grupos de trabalho em que a CAP está envolvida, não só no Ministério da Agricultura, como também no Ambiente, Trabalho, Economia, Finanças, Saúde ou Educação.

O papel de acompanhamento e apoio técnico aos Agricultores também foi sublinhado, assim como as diversas acções de promoção e de sensibilização para o mundo rural de que a CAP é promotora, sem esquecer as intensas Actividades que desenvolve em Bruxelas, onde tem representação permanente desde 1986.

Defesa da propriedade

Este foi o oitavo Conselho de Presidentes na história da CAP, que nasceu a partir de um movimento espontâneo dos agricultores portugueses. “Nascemos por um imperativo – a defesa da propriedade e também a defesa da livre iniciativa. Não por uma questão individualista, mas sim por inconformismo perante um caminho que se tentou impor ao País e que cedo passou a ser contestado. Foi aqui bem perto que nasceu esse movimento, que hoje, passados 44 anos, se transformou naquilo em que tinha de se transformar. O baluarte do ideal da agricultura assente nas pessoas, na livre escolha e na continuada defesa do modelo que acreditamos ser o mais adequado ao estilo social e económico da nossa nação”, lembrou Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP.

A nova ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, também marcou presença neste Conselho. Perante a plateia cheia, a governante assumiu o compromisso de que está disponível para ouvir e trabalhar em diálogo com os profissionais do sector: “Tudo faremos para honrar o voto de confiança que nos deram. As preocupações que nos fizeram chegar estão em avaliação. As preocupações que nos fizeram chegar são também as nossas preocupações. (…) Iremos trabalhar em conjunto para criarmos melhores condições para a Agricultura em Portugal, para semearmos uma agricultura mais sustentável, mais inovadora e mais competitiva.” E reforçou que a “a Agricultura nacional pode e vai continuar a crescer, pode e vai continuar a projectar o nosso País”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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