O presidente da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Álvaro Mendonça e Moura, alerta que “para a produção de cereais 2023 foi o pior ano, e por isso terá que se pensar o que fazer para estancar esta perda”, salientando que “em muitas regiões de Portugal não existem quaisquer alternativas às culturas cerealíferas, pelo que as mesmas se afiguram determinantes para a necessária coesão do território”. Por isso, para que “esta situação se atenue, é necessário (…) que a revisão do actual PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], agora em curso, seja uma oportunidade para melhorar a distribuição de valores alocados ao pagamento ligado aos cereais, tendo em conta a actual realidade geopolítica a nível mundial”.
As declarações são feitas em artigo de opinião para a 21ª edição do Millennium Agro News, dedicada às “Principais fileiras agrícolas em números”, onde Álvaro Mendonça e Moura realça ainda a necessidade de criação de “uma medida que permita fomentar a Agricultura de Precisão, apoiando os agricultores aderentes e os técnicos das suas Organizações” e da agilização do “processo de controlo de densidades de certas espécies cinegéticas, como é o caso do javali, que ao destruir inúmeras culturas inviabiliza a agricultura, nomeadamente de cereais, em vastas áreas de minifúndio do nosso País”.
O presidente da CAP, no mesmo artigo, defende também “um empenho efectivo, a nível europeu, na manutenção de algumas substâncias activas de protecção das culturas, para as quais não existem alternativas eficazes, determinantes para a competitividade técnica e ambiental deste sector”.
Pode ler a 21ª edição do Millennium Agro News aqui.
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