O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em Março uma taxa de variação homóloga de 19,9% (16,5% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da actual série, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), na sua Síntese Económica de Conjuntura relativa a Março de 2022.
Excluindo a componente energética, este índice aumentou 13,4% em termos homólogos (variação de 12,0% em Fevereiro).
Preços no Consumidor
Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 5,3% em Março, 1,1 pontos percentuais (p.p.) acima da observada no mês anterior, atingindo a taxa mais elevada desde Junho de 1994.
Refira-se ainda que o IHPC português apresentou uma variação homóloga de 5,5% (o valor mais elevado desde o início da série, em 1996), taxa inferior em 2,0 p.p. à estimada pelo Eurostat para a AE em Março, reflectindo sobretudo diferenças apreciáveis no comportamento dos preços dos bens energéticos, em particular da electricidade.
Contudo, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 4,1% em Março, superior à taxa correspondente para a AE (estimada em 3,2%), apresentando um perfil ascendente muito pronunciado.
Emprego
Por outro lado, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, manteve-se em 5,8%, pelo terceiro mês consecutivo (6,2% em Novembro e 6,8% em Fevereiro de 2021).
A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,0%, menos 0,2 p.p. que em Janeiro (13,5% e 12,6% nos meses de Fevereiro de 2021 e 2020, respectivamente). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 4,2% em termos homólogos e diminuiu 0,3% face ao mês anterior (variação homóloga de 5,0% em Janeiro).
Petróleo a 95,7 euros por barril
Refere a Síntese Económica de Conjuntura do INE que, considerando a informação já disponível para Abril, o preço do petróleo (Brent) registou um valor médio de 95,7 euros por barril nos primeiros catorze dias do mês, traduzindo uma redução de 10,1% face ao preço médio atingido em Março (106,4 euros).
Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à actividade económica na perspectiva da produção, disponíveis para Fevereiro, continuam a apontar para elevados crescimentos em termos nominais, mais intensos do que os observados em Janeiro, reflectindo aumentos pronunciados dos deflatores implícitos. Em termos reais verificou-se um aumento na construção e uma diminuição na indústria.
Agricultura e Mar