O preço médio de comercialização de cortiça na campanha de 2023 foi de 42,50 €/@, o que representa um aumento de 14,4 % face a 2022, e manteve-se a tendência crescente dos custos médios de extracção, situando-se nos 6,86 €/@, uma subida de 12% face a 2022, revela uma circular da UNAC – União da Floresta Mediterrânica.
“Este bom ano no campo foi também acompanhado por um bom desempenho global nos mercados. As exportações portuguesas de cortiça em 2023 atingiram 1.200 milhões de euros, mantendo uma tendência de crescimento em valor e o patamar superior a 1.000 milhões de euros, que o sector apresenta desde o ano 2019”, realça o mesmo documento, envido hoje, 1 de Junho, Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça.
Uma circular, discutida no âmbito da UNAC e das associadas que a constituem (ACHAR – Associação dos Agricultores de Charneca; Aflobei — Associação de Produtores Florestais da Beira Interior; Aflosor – Associação de Produtores Agroflorestais da Região de Ponte de Sôr; ANSUB – Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado; APFC — Associação de Produtores Florestais; e SuberÉvora — Associação de Produtores Florestais), tendo sido adoptada para divulgação generalizada, que realça “extrair sem assegurar previamente a venda da cortiça diminui exponencialmente o nosso poder negocial“.
No entanto, acrescenta a UNAC, “o primeiro e segundo semestre de 2023 foram substancialmente diferentes, com o final do ano a ser caracterizado por um mercado dos vedantes abastecido e uma procura menos dinâmica, estando as quantidades totais transaccionadas em quebra”.
“Apesar da diminuição das quantidades vendidas, e sendo verdade que existe uma quebra de expectativas, a quebra do mercado em termos de valor é menos significativa. O mercado inter-industrial das cortiças para granular mantém os valores de 2023, mas nas componentes ‘rolhável e delgada’ da cortiça regista-se uma acentuada correcção em baixa”, frisa a mesma circular.
Agricultura e Mar