“A agricultura é um sector particularmente vulnerável às condições climáticas” e “Portugal terá de se adaptar a condições progressivamente desfavoráveis para a actividade agrícola e florestal”, afirmou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, no encerramento da conferência “Intensificação Sustentável e Eficiência na Utilização dos Recursos na Agricultura Portuguesa”,, hoje, dia 11 de Maio, em Lisboa.
O ministro enumerou “a redução da precipitação, o agravamento da frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos e o aumento da susceptibilidade à desertificação” como cenários de alteração climática que Portugal terá de enfrentar.
“A resposta a estes desafios implica, desde logo, o envolvimento de todos”, afirmou o ministro, destacando o papel dos produtores agrícolas e florestais e das suas organizações, da comunidade científica, das organizações da sociedade civil e do Governo.
Mitigação e regadio
O ministro do Ambiente destacou que os desafios das alterações climáticas obrigam “a apostas mais exigentes em medidas de mitigação, mas também a defender o País dos efeitos irreversíveis das alterações climáticas”.
Matos Fernandes afirmou que a adaptação “é também positiva em termos de mitigação” porque torna a agricultura “mais resiliente ao clima e menos emissora” de gases com efeito de estufa.
“O regadio fará sempre parte da solução”, disse o Ministro, mas não poderá ser utilizado “de forma desregrada e ineficiente”, pois “a água é um recurso escasso e sê-lo-á ainda mais no futuro”.
“Devemos pois pensar nas culturas e nas técnicas de regadio que nos permitem usar da melhor forma possível este recurso e modernizar as explorações que ainda não acompanham o enorme progresso dos últimos anos neste domínio”, disse.
Agricultura e Mar Actual