A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, assegurou, no Algarve, que Portugal está “preparado” para a época de incêndios florestais, mas advertiu que há um “factor que não se pode dominar, que é a meteorologia”.
“O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios (DECIF) está montado, está robusto, já está operacional, e posso dizer que estamos naturalmente preparados. Acontece que existe aqui um factor aleatório, que é a meteorologia e que não podemos nuca dominar”, afirmou a ministra aos jornalistas, após participar nas cerimónias do Dia do Bombeiro, ontem, 30 de Maio, em Portimão, segundo o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal.
Constança Urbano de Sousa alertou para a possibilidade de as elevadas temperaturas poderem causar circunstâncias favoráveis às ignições de incêndios, sobretudo em zonas florestais, mas apontou também o comportamento dos portugueses como um factor a ter em conta.
“Também há outro factor, de extrema relevância, que é o comportamento dos cidadãos, de forma a evitar comportamentos de risco. O combate aos incêndios florestais depende também de cada um de nós”, acrescentou.
Apoios comunitários para bombeiros
A ministra aproveitou o discurso proferido na cerimónia que antecedeu o desfile de bombeiros, realizado na zona ribeirinha de Portimão, para anunciar a possibilidade de as associações humanitárias de bombeiros poderem candidatar-se a fundos comunitários no valor de 12 milhões de euros para investir em quartéis e aquisição de viaturas operacionais.
“Neste momento estamos a falar de uma série de avisos para fundos comunitários que podem pagar dois tipos de projectos, quartéis de bombeiros, mas também equipamentos, e que estão acessíveis às associações humanitárias de bombeiros. O aviso está a decorrer este mês e poderão fazer as suas candidaturas a financiamento comunitário”, precisou.
A governante disse, ainda, que esta é “uma possibilidade que foi agora aberta” e é “um incentivo” que pode, consoante as candidaturas e os montantes aprovados, “vir a ser reforçado”, caso o valor de 12 milhões de euros se esgote.
A ministra da Administração Interna frisou que “o montante de investimento previsto neste aviso é superior à totalidade das verbas que estava anteriormente previsto para no período até 2020”.
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