Portugal declarou-se livre do serótipo 4 da língua azul ou febre catarral ovina, com levantamento da respectiva zona de restrição e das condicionantes inerentes à movimentação animal. Passa assim a existir uma única zona de restrição, para o serotipo 1 da língua azul, que abrange a totalidade do território de Portugal Continental, mantendo-se em vigor as medidas para controlo deste serotipo. Mantém-se no entanto a vacinação obrigatória do efetivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução.
Segundo o Edital n.º 45 da Língua Azul, publicado no passado dia 3 de Novembro pela DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, “decorridos mais de dois anos desde a última evidência de circulação de serótipo 4 da língua azul, Portugal declara-se livre daquele serótipo, ao abrigo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com levantamento da respectiva zona de restrição e das condicionantes inerentes à movimentação animal, deixando de ser obrigatória a vacinação para aquele serotipo”.
O Edital, assinado pelo director-geral da DGAV, Fernando Bernardo, a língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral, de transmissão vectorial, que afecta os ruminantes, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na lista da Organização Mundial de Saúde Animal.
Fernando Bernardo explica que as medidas de controlo implementadas na sequência dos diferentes serotipos do vírus da língua azul que surgiram em Portugal, “têm sido adaptadas em função da avaliação dos resultados dos programas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas de restrição, de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis e da implementação de programas de vacinação. Da avaliação epidemiológica conjunta dos programas de vigilância em curso, foi possível concluir que não existem quaisquer indícios de circulação do serotipo 4 da língua azul”.
Mantém-se a vacinação obrigatória
Passa assim a existir uma única zona de restrição, para o serotipo 1 do vírus da língua azul, que abrange a totalidade do território de Portugal Continental, mantendo-se em vigor as medidas para controlo do serotipo 1 da língua azul.
Mantém-se a vacinação obrigatória do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução como a medida mais eficaz para suster a progressão da doença nas zonas onde existem indícios de circulação viral.
“Da análise de risco efectuada, através da monitorização dos dados do plano de vigilância, da avaliação dos indicadores meteorológicos e dos dados históricos do plano entomológico, mantém-se a actividade continuada do vector preferencial para a transmissão do vírus da língua azul no território nacional continental”, acrescenta Fernando Bernardo.
Agricultura e Mar Actual