O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o presidente do conselho de administração da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana, Nuno Araújo, assinaram hoje, 14 de Junho, o protocolo “Estudo Prévio para o desenvolvimento do Porto de Viana do Castelo”, que tem como objectivo a potenciação da utilização do porto marítimo vianense.
Na cerimónia de assinatura, que decorreu nas instalações do porto de mar, o autarca de Viana do Castelo sublinhou a importância do documento, que “vai dar condições para desenvolver o trabalho desta estrutura hoje e no futuro”.
Considerado um “desafio para o futuro”, o estudo irá “abrir oportunidades e desafios do futuro” para que a estrutura de Viana do Castelo possa, nas palavras de Luís nobre, “continuar a crescer, dialogando com todos e fazendo parte do processo que irá criar oportunidades de crescimento para o porto de mar”.
Já o presidente da APDL, Nuno Araújo, lembrou os investimentos que têm sido feitos nos últimos anos, no valor de aproximadamente 30 milhões de euros, e sublinhou que “este estudo irá permitir olhar para esta estrutura e perceber as necessidades da indústria, da economia local e se o porto consegue responder a essas necessidades e, se não, o que se pode fazer para melhorar sua a capacidade de resposta”.
Oportunidades por explorar
De sublinhar que o protocolo assume que “o Município acredita que existem oportunidades para o porto por explorar, devido ao intenso desenvolvimento económico de Viana do Castelo nos últimos anos, o qual provocou uma alteração da produção industrial do concelho, em quantidade e diversidade, facto que a APDL também reconhece”, refere o documento, indicando que “adaptar o porto ao novo tecido industrial, ou seja, adequar o perfil do porto às novas realidades, poderá potenciar o crescimento da infra-estrutura portuária e o desenvolvimento sustentável e de aceleração da inovação ancorada no porto marítimo”.
“Nas oportunidades identificadas incluem-se, eventualmente, elementos-chave das cadeias logísticas e de transporte, tais como acessibilidades ferroviárias, porto seco, polo logístico intermodal, promoção da transição energética rumo à neutralidade carbónica, entreposto aduaneiro, capacidade de acolhimento de carga contentorizada e carga ro-ro”, é referido no protocolo.
O documento assegura que, no âmbito da Agenda 20-30, foi identificada “a necessidade de se realizar um estudo prévio que explore as possibilidades de conexão ferroviária entre o Porto de Viana do Castelo e um porto seco, num raio de distância a rondar os 10 km, num contexto que gerará maior optimização dos grandes investimentos em Viana do Castelo”.
Por isso, foi celebrado o protocolo com vista à elaboração de um estudo prévio que estabeleça um perfil adequado para a potenciação do uso do Porto Marítimo de Viana do Castelo, nomeadamente no que respeita à movimentação de carga pelo tecido empresarial da região.
A APDL será responsável pelo lançamento do procedimento para a contratação da entidade responsável pela elaboração do estudo, bem como pelo acompanhamento da execução do mesmo. Já o Município compromete-se a ceder toda a informação necessária à realização do estudo.
Agricultura e Mar